terça-feira, 30 de novembro de 2010

O MAIOR!

"Eu sou do tamanho do que vejo, não do tamanho da minha altura".

Faz hoje 75 anos aquele que é para mim um dos maiores portugueses de sempre. Não conheço, infelizmente, a fundo a sua obra, mas aquilo que conheço, denota a genialidade do maior poeta português de sempre. Muitos portugueses desconhecem o autor e a sua obra, não têm possibilidade de dar valor a Fernando Pessoa, que se transformou em ALberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e outros heterónimos (personagens ficcionadas)como Bernardo Soares.
Tem frases que são intemporais, que são verdadeiros guias espirituais de muitos, deslumbrantes!
Não vou falar muito, vou deixar um poema de álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa.



Não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu! Grande Pessoa.. Eu também invejo todos os mendigos!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Marinho Pinto!

Marinho Pinto está bem longe de ser uma figura consensual. Não conheço o seu trabalho enquanto líder da Ordem dos Advogados. Conheço-o apenas das suas intervenções públicas. E gosto do que vejo. Gosta da frontalidade. Da coragem. Da forma como expressa as suas convicções. Recentemente, numa das várias apresentações do seu mais recente livro, "Um combate desigual", Marinho Pinto, enquanto enunciava alguns dos "podres" da justiça portuguesa, recordou a falta de condições das prisões em Portugal, rematando com uma frase que para mim diz tudo, "estar preso é estar privado da liberdade, não da dignidade".
Quantos concordam? Quem acha que os presos devem ser bem tratados na prisão, que tenham as mínimas condições?
Ouvimos muitas vezes dizer que até é bom estar preso. Numa forma irónica diz-se que se tem cama, comida e roupa lavada. Num tom mais sério defendem Que os reclusos deviam ser punidos fisicamente. E, infelizmente, a pena de morte ainda é defendida por muita gente. Pena. Esquecemo-nos facilmente da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Direito à vida, à dignidade.. Respeitemos então! E sim, fazem falta mais pessoas como o Marinho Pinto, que pode não ter "spin doctors" com ele, pode não ter a figura mais telegénica, mas tem conteúdo, valores, ideias. Isso chega-me!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Roubo à caixa de comentários do ASPIRINA B!

O Valupi perguntava "Se Sócrates continuar a puxar sozinho pelas exportações nacionais, mantendo a actual dinâmica de crescimento, ainda assim deverá ir de cana após a reeleição de Cavaco?"

Um leitor, chamado Mário, decidiu comentar e respondeu isto:

"Eu não tenho filiação partidária e nunca tive. Vou avaliando o que se faz e voto em conformidade. Se vejo que a mudança de uma cor para a outra em nada vai adiantar, persisto em votar segundo a minha “sensibilidade”, que não faço a minima ideia porque nasceu cá dentro. Como não sei explicar porque sou adepto do FCP. Não sei porque vejo sempre do lado dos ricos e poderosos uma certa perversidade, apesar de estar fartinho de constatar que há «pobres» muitissimo mais sacanas que muitissimos ricos. Quantas vezes não dou comigo a pensar que aquela multidão de «explorados» que está em todas as manifestações se pode transformar, como que por magia, numa multidão de exploradores, caso lhe depositem nas mãos o poder. As ditaduras saídas do comunismo são o escarrapachado exemplo. É claro que a multidão não chega “lá” em bloco.
Isto tudo a propósito do post do Valupi. Olho para o José Sócrates e a sua luta abnegada e teimosa contra o marasmo e contra a crise. E contra a calunia e contra a arruaça e contra os justiceiros diabólicos e contra a ditadura da comunicação social, toda, inclusive a pública, a malhar impiedosamente. É um verdadeiro massacre e ele resiste. Teve de aparar os golpes mais violentos de quem com ele diz colaborar estrategicamente, o Cavaco. Tivesse ele acusado os murros no peito (e era do que o Cavaco tem estado à espera desde 2008) e o conflito institucional assim criado teria atirado Portugal para o abismo onde está a Grécia.
E não estamos no abismo, apesar de isso ser afirmado a toda a hora e em todos os meios de comunicação escrita, falada e da televisão. E não estamos graças ao empenho e determinação de um homem, desde 2005. É a minha convicção. A aposta ganha, nas exportações, aí está para me dar razão.
Na «mouche», Valupi."

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Rendimento Social de Inserção

É muito comum ir a um café, jardim público, em conversa de amigos, ouvir as pessoas dizerem que o que é necessário é acabar com o Rendimento Social de Inserção, conhecido como rendimento mínimo. Propor esta medida é não ter conhecimento da realidade. Acredito piamente que há muita gente a receber este apoio injustamente, há muita gente que não quer é fazer nenhum, há muita gente com uma mentalidade "subsidiodependista". Concordo. É necessária uma maior vigilância, um maior rigor, mas acabar com este apoio social seria acabar com o "estabilizador social" de que o Governo tem em mãos. Sim, há bairros nos subúrbios cheios de gente a receber este apoio. Sim, há comunidades ciganas cheias de pessoas a receber este subsídio, mas imaginem se elas não o recebessem.
Que país teríamos? Sim, possivelmente teríamos um país num grande reboliço, em que a taxa de criminalidade seria bem mais elevada, a segurança podia ser posta em causa, e aí, gostava de saber o que todos preferíamos. Acabar com o Rendimento Social de Inserção era uma fraude. Iria-se prejudicar pessoas que realmente precisam deste apoio social e iria-se colocar Portugal dentro de um barril de pólvora.

Errata

O PSD, como seria de esperar, começa a distanciar-se nas sondagens. Ao contrário do que tinha dito no último post.