terça-feira, 21 de junho de 2011

COELHOS DA PÁSCOA...

Paula Teixeira da Cruz, ex-mulher do presidente do Millennium BCP (vulgo banco dos ricos) Paulo Teixeira Pinto, afirma-se como uma das novas superministras indigitadas pelo correctíssimo e fidelíssimo Chefe Cavaco Silva, cuja baba lhe cai do queixo em tropel, fazendo olhos tilintantes à nova mestre da (in)Justiça, relembrando os tempos em que, apesar de feio que nem um camelo do Saara, ainda atraía atenções de mulheres analfabetas e outras mais jeitosas que os anos rosa do seu primeiro-ministério lhe achavam, e cujos atributos físicos são cobiçosa e secretamente invejados pela rainha das causas e sua esposa de aparências. Arrebanhou todo um rol de papéis enfiados à força numa secretária com o aspecto de quem acumula orgulhosamente participações estatais e académicas de franca importância para o Conselho Superior da Magistratura e Câmara de Lisboa, e não perdeu tempo a dizer o "sim" ao seu novo querubim Troca-o-Passo, cujo discurso foi hoje deveras iluminador. Armado em coelho da Páscoa, exalta as nobres qualidades da já velha socialite do PSD, e as suas sátiras jocosas sobre as figuras do Executivo torpemente atirado ao ar e cuja reputação se determinou a ajudar a sanar, confiando-lhe aquilo a que muitos já não vêem como sendo uma ordem social, a Justiça. A dedicação com que surge neste pódio será certamente suplantado pelo fulgor glamouroso de suceder ao afilhado, como vice-presidente do partido laranja, caso lhe encomendem demasiados ralhetes que ficam mal no jornal Sol e outros tantos, para lhe refrear a cabeça quente pelas ideias novas, assombradas pelo totalitarismo dantesco nele desperto e que as nossas pedras das calçadas não esquecerão facilmente. Se ela ama, não é à Pátria, mas sim à segregação em todos os níveis, da qual será o engenhoso cérebro: brilhantemente engendradas pela cacofonia de desesperados pelo assento mágico e de aspecto austero do hemiciclo, estão já distribuídas as mais diversas campanhas anti-liberais e anti-socialistas pelos seus arquitectos da Direita moderna. Os gays e lésbicas deste País (segundo o Correio da Manhã e o Público, pelo menos um milhão e meio, à solta e no armário, cuja mente o tempo entorpece e a língua desacredita - só 15% da população?! admira-me que o INE não saiba da missa a metade, eles que tudo sabem...) vão passar a ser hereges declarados, sanções de índole inquisitória e arquétipos conservadores cuspidos serão mascarados pelo falso altruísmo desta culta senhora, bem ao estilo da Igreja Católica Apostólica Romana (e da portuguesa, salvo seja), as minorias religiosas vão ser exploradas, e os criminosos de colarinho branco, como o compadre Ângelo Correia, permitem-se continuar a ir ao sábado de manhã dissimulados em pólos da Zara e calçanitos de linho fazer compras ao Colombo ou ao Saldanha. Os desfavorecidos amontoar-se-ão à porta do Ministério que tutela os tribunais de forma alarmante, e os processos a favor dos réus ao invés dos lesados (ai a canção da Desgraçadinha!) passarão a ser executados de uma maneira quase vertiginosa e pidesca, misturando porcos com cigarras, sequóias com nenúfares, chocolates com pudins.
Tanto que promete... e tão pouco há-de cumprir. Siga o exemplo dos Julgados de Paz. Levam em média 60 dias para dirimir conflitos de interesses, desde a entrada do requerimento da acção nos assentos daqueles muito modernos complexos que cabem em prédios de habitação, até ao momento em que o juíz de paz brande o martelo e condena implacavelmente os demandados sem se compadecer com "habeas corpus" articulados por cima do joelho, se estes tentarem engrossar a sua podridão ao recusar uma mediação que se pode sempre afigurar pacífica, fora o "high-spirit" de alguns portugueses com tiques marcelistas com o propósito enriquecedor de achincalhar. Não falemos de tiques, se calhar, não é boa ideia, visto que enrolar o cabelo e arrasar as empregadas dos cafés da Liberdade são o passatempo preferido da pobre mestre, e ela assim, além de acumular ordenado de ministra com funções executivas em órgãos nacionais e europeus de gestão e outros negócios obscuros (de mau grão nunca bom pão, lembrai-vos, leitores), exige ainda uma choruda avença por publicarem aspectos da sua existência infecta, sob pena de ir fazer queixinhas ao lacaio dos Assuntos Parlamentares para inibir constitucionalmente o direito à informação nessas vertentes, apressadamente promulgado pelo avô cantigas do Palácio de Belém, guardado por aquelas pobres cavalgaduras, de corpos robustos e trabalhados quase a escopro e a cinzel, e cornos habilmente pendurados sobre a cabeça que está farta de comunicar ao resto do corpo se já não ganhou varizes e caruncho de tanta hora que naquela soleira fica plantado. Eu é que devia ser chamado a gerir a pasta da Justiça. Despachava funcionários incapazes e imbecis, corria com os cães e a canalha, fanfarrões e malandros, abria um mega-concurso público no território nacional de cem mil pessoas para trabalhar nos tribunais, no magistério e nos órgãos consultivos e policiais, a par com o MAI, e assim as instâncias percorriam-se com a rapidez de uma flecha; às escadarias dos palcos da tribuna, infelizmente, não se lhes conhece mais do que a amizade com os caracóis, petisco muito apreciado pelos habilidosamente qualificados para muito pouco ou nada fazer. A seguir, se o Professor Álvaro me pedisse para opinar, diria para enfiar o seu nariz descomunalmente grande na sua pasta e que, se quisesse ajuda, pensasse em aumentar as exportações, criando fábricas, empregos e subindo os salários mínimos via DR, que afinal, continua a ser o único ainda de respeito pela sociedade. Já não haveria móbil de queixas para isso, nem falta de competitividade, concorrência, usufruto socioeconómico, emprego, poder de compra e milhentos outros parâmetros que fazem hoje pelo mau aspecto delícias e água na boca de miúdos e graúdos, sem sentido de Estado ou cidadania.
Ah, voltando ao que estava aqui a magicar... não se esquecem da declaração de guerra à comunidade cigana, nem da expulsão dos judeus de volta ao Monte Sinai, decerto. Mas eu sou português, acontece aos melhores e, portanto, posso celebrar o Yom Kippur com a efusividade que quiser, ou organizar o mais barulhento Hanukkah de sempre... e fá-lo-ei (adoro quando me sai este sorrisinho melífluo misturado com ódiozinho de estimação pelos lábios fora), quando os ovos da Páscoa se escaqueirarem no chão pelo fim de 2011, visto que o coelho desertou e deixou portas a bater, num escândalo de iliteracia, corrupção descarada, despotismo, despesismo, atraso mental e civilizacional, e gestão danosa; uma receita perfeita mas recheada de veneno para quem projectou a orelha na direcção da melodia encantadora do recém-chegado inquilino a São Bento. O pior é que leva para aí seis meses a cozer.

PS - Doutora Paula, quantos kits de maquilhagem oferece à AR? É que para aquelas cinco mulheres de grandes tomates chegava um, e sobejava :) Mas se quiser sempre pode elaborar um despacho que contemple a pena de prisão de 30 dias e coima entre 50-500 euros às suas malditas secretárias de Estado e escrivãos febris e caquécticos que depositarem a lancheira no Ministério, atrevendo-se a picar ponto sem um quilograma de pó compacto na cara... só custa 8,90€ na Sephora do Vasco da Gama, e estão em saldos, aproveite. Faça campanha com isso quando lhe der um lampejo de génio e processar o tarado do seu ex-marido por clientelismo político e cartelização bancária, (isso sim, é prevaricação) que seria resolvida de forma estupidamente fácil se eu estivesse no seu adorado lugar, a braços com o Economista-chefe. Se preferir poupar-nos, porém, a um desastroso desaire sem precendentes, aborreça-se, peça um desconto ao seu compincha da TAP e parta para a sua terra natal, ou ajude a Mariazinha das Neves na campanha presidencial de São Tomé, vós que sois mui poderosas e virtuosas mulheres...

(Alguém por acaso já reparou que as ministras deste Governo são todas pretas? É que assim vão dar uma de Hitler ou Mussolini e renegar as origens :)

Seja Deus convosco, na unidade do Espírito Santo. Amén. Shal'lom :)

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