li, recentemente, num artigo, que nos países nórdicos não se recorrem a serviços de empregadas domésticas. ficaram surpreendidos? eu fiquei, confesso. então não é, que aqueles ricalhaços lá do norte da europa, com o melhor nível de vida, não recorrem a umas horitas de mulheres-a-dias por semana e são eles que esfregam o chão, limpam o pó e lavam a louça. de que lhes serve então tanta qualidade de vida, se os pobres coitados é que têm que se preocupar com estes trabalhos que tanto nos repugnam. enfim. pelo que se lê, na noruega, suécia, dinamarca, os sapatos ficam à porta de casa, não há grande preocupação em engomar a roupa e, algo muito importante, nesses países todos trabalham para manter a casa bem asseada, algo impossível em portugal, onde se convencionou que o trabalho doméstico tem género, o feminino, claro.
para a próxima quando afirmarmos que gostaríamos de ser como os nórdico temos que ver, que afinal, aquilo que para nós é banalíssimo, para eles é um luxo.
Por experiência posso dizer-te que as empregadas de lá são um luxo e uma forma de dizer mal da casa dos outros...
ResponderEliminarPasso a explicar: quando estive na dinamarca, os dias em que a casa era limpa, eram sempre no dia anterior ao dia em que a senhora da limpeza lá ia... Era conhecida como a "Queen", pois se a casa não estivesse limpa, ela fazia queixas à vizinhança e à dona da casa... Uma vez tive problemas, pois ao fazer esparguete partiram-se dois pauzinhos de massa que ficaram esquecidos no fogão... foi o carmo e a trindade, com direito a vir uma vizinha de outra casa explicar-me que as empregadas de limpeza na dinamarca eram vistas como uma companhia e não propriamente para fazer limpezas... como diria o Pessa "e esta, hein?"
Ola Valter, acho interessante o teu artigo, na verdade desconhecia esta forma de estar dos Dinamarqueses, mas em nada me surpreende de facto, se de lá vem os maiores valores, se quisermos até, exemplos, civilizacionais. Os seus hábitos e cultura muito característicos fazem deles (e aqui refiro me aos povos nórdicos em geral), os países com maiores e melhores índices de literacia e qualidade de vida. As suas politicas para a educação das crianças e jovens, são a pedra basilar da sua economia através da sociedade que souberam construr.
ResponderEliminarÉ pena que por cá apenas saiba-mos copiar o que nos melhor "convém", ou não fosse-mos a terra do Zé Povinho que do Chico-Esperto, que com tanta esperteza, ou a falta dela, ainda nos vendem pela rifa à Europa, comprando mais uns submarinos, ou uns TGVs para os amigos de uns gerirem, e todos nós no fim assinarmos o cheque!
MC