segunda-feira, 14 de junho de 2010

O fim...

Gosto de cemitérios. De ir a cemitérios. De estar sozinho num cemitério. Faço-o frequentemente. Hoje foi um desses dias. Tive que ir fazer um trabalho ao cemitério, numa pausa de descanso, sentei-me numa campa e pensei o quão efémera é a vida. Sim, todos pensamos nisso e todos temos consciência disso, mas porra depois morre-nos alguém querido, alguém que não precisa de ser da nossa família, do nosso grupo de amigos, basta ser alguém de quem nós gostemos, com quem temos prazer em conversar e ainda por cima morre alguém de quem não nos despedimos decentemente! Hoje levei com a morte! "E bateu-me mal, assim de uma forma estranha – não foi dor, como acontece quando me morrem pessoas próximas; não foi sensação de vazio, nada semelhante. Foi uma espécie de empurrão ao mesmo tempo pelas costas e pela frente. Dado à velocidade da luz - que nem saí do mesmo sítio. Tipo acorda pá, qualquer dia és tu".
E quando for eu. será que falta muito? o que me falta fazer? o que ainda conseguirei fazer? Não sei. vou aproveitando, vivendo, tornar-me melhor pessoa, até que ela me venha bater à porta. E sabem, vivo bem com isso.

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