terça-feira, 31 de agosto de 2010

A expulsão!

A decisão do governo francês de expulsar ciganos é algo que me choca, aliás, devia chocar a todos. É verdade que os cidadãos expulsos estão numa situação clandestina, mas quantos cidadãos vivem em frança, que não são ciganos e que também estão numa situação clandestina. Brasileiros, magrebinos, chineses. A questão é muito simples, racismo e xenofobia.
Como em portugal, não lidam bem com os ciganos. Não nos podemos esquecer que os ciganos que estão a ser expulsos de França, assim como os que vivem em portugal são descendentes de ciganos que se fixaram em nos séculos XVII e XVIII, o que me leva a pensar que os problemas de segurança que supostamente eles causam, são fruto de más políticas sociais, más políticas de integração.
Há ciganos maus? Há. Há pretos maus? Há. Mas também há caucasianos maus. Estamos a tomar o todo pela parte. Quantos ciganos não irão ser expulsos injustamente, que não causam danos, mas em vez de se apostar na integração, opta-se pelo caminho mais fácil, a expulsão. conseguem perceber a diferença entre a Esquerda e a Direita?

sábado, 28 de agosto de 2010



É contra isto que hoje se vai protestar em todo o Mundo!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A vantagem para a Esquerda de o PCP apresentar um candidato próprio!

já o disse várias vezes, em aulas, em reuniões políticas, em conversas privadas, nunca concordaram comigo. hoje, a Isabel Moreira veio de encontro à minha opinião.
muitos acham que a Esquerda deveria apresentar uma única candidatura, uma vez que, consideram que se tal não suceder, que a Esquerda sai enfraquecida. totalmente de desacordo.
raciocinem comigo. todos sabemos que o eleitorado do PCP é o mais fiel que existe e se os comunistas não apresentassem candidato próprio, muito provavelmente, a maioria dos comunistas não iriam sair de casa para votar, ou então votavam em branco, porque duvido que votassem em Manuel Alegre, candidato que avançou às presidenciais apoiado pelo Bloco de Esquerda.
com a candidatura de Francisco Lopes, uma coisa é óbvia, a vitória à primeira volta de Cavaco Silva fica mais longe, embora eu considere que ainda é bem fácil de se alcançar, porque os restantes candidatos não mobilizam ninguém.
espero que tenham percebido o raciocínio.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O desemprego e a Revisão Constitucional do PSD

se há um grave problema em Portugal é o do desemprego, problema esse que resulta de vários factores, onde o factor político não é dos mais relevantes. não me venham com coisas e o problema é do sócrates ou do de outro qualquer líder, o desemprego não se resolve por decreto. não há passe de mágica que resulte. interessa neste momento o governo dinamizar a economia através do investimento público e apoiar as empresas e os empresários, incentivá-los a investir, dar-lhe condições. E agora vem o projecto de revisão constitucional do PSD. Liberalizar despedimentos. Sou um tipo convictamente de Esquerda, mas o ponto em que o PSD propõe que se acabe com a justa causa nos despedimentos, embora desagrade à maioria da Esquerda, eu não considero descabida. posso ser ingénuo, mas não me parece que vá aumentar o desemprego.
A minha ideia é a seguinte, uma pequena empresa tem cinco empregados, está com problemas de liquidez, está numa fase em que produz pouco e naquele momento necessitava apenas de três empregados até que as coisas melhorassem, mas os empregados são efectivos e se os despedisse teria que pagar altas indemnizações o que levaria na mesma a empresa à falência, logo se houvesse uma maior flexibilização nas leis laborais e se despedisse dois empregados a empresa aguentavasse e mantiam-se os outros três, desta maneira, acabam por ir os cinco para o desemprego. é um pequeno exemplo, mas que espero que elucide a minha opinião acerca desta matéria! agora a progressividade em matéria fiscal, as alterações em matéria de saúde e de educação são totalmente contra os meus valores de Esquerda!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

PCP/BLOCO ou PSD

Perguntam-me muitas vezes, se eventualmente tivesse que mudar de partido, se me voltaria para a Esquerda ou para a Direita - outra coisa que me perguntam muitas vezes é se isto é tudo beleza natural, ou se já fiz algumas plásticas (piada roubada ao RAP). É uma pergunta bastante complicada, escolher o Bloco e o PCP ou o PSD. Começo por referir que me sinto muito bem no PS, revejo-me nas suas ideologias, valores, não concordo com tudo, como é óbvio, mas a sua génese faz-me sentir que esta é a minha casa, que é aqui que me sinto bem. Depois desta introdução, refiro que se um dia tivesse que escolher outro partido seria o PSD. Sim, o etrno rival. Seria mais fácil para mim dizer o inverso. Deslocalizar-me para a Esquerda seria o mais natural, mas eu sou realista e gosto de pessoas realistas, programas realistas, ideais realistas.
O PCP e o Bloco de Esquerda são partidos contra poder, unica e simplesmente. Defendem ideias irrealistas, prometem mundos e fundos porque sabem que nunca serão poder, nem o querem ser e pior que isso, os exemplos que temos como sociedades comunistas, Cuba, china e Coreia do Norte mostram que a ditadura do proletariado continua a ser uma ideia a defender. Li a Utopia de thomas morus e compreendo a ideia que se tenta passar, mas para isso seria necessário que todos os seres humanos fossem idênticos e perfeitos, sabemos que não o são.
O PSD é um partido mais próximo do PS, quer queiram ou não. Tem ideias conservadoras, algumas ultrapassadas, mas preferíveis para o meu país que as comunistas.
No meio disto tudo, fico com o PS, o partido que com todos os defeitos, continua a ser o que me merece mais respeito. Liberdade, Igualdade, Fraternidade. SEMPRE!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Texto que gostaria de ter escrito (9)

Inês Pedrosa, na sua habitual crónica feminina da revista Única, brinda-nos com este texto brilhante, do qual eu menciono este excerto.

A paternidade é uma das mais vanguardistas conquistas do nosso tempo. Ao contrário da maternidade, não tem cartilha de etiqueta nem caderno de encargos; aquilo a que no passado se chamava pai era uma ausência: um senhor que saía cedo e entrava tarde, pagava as contas, exigia respeito e obediência - ou pior. As famílias assim constituídas estoiraram porque eram fontes de solidão e violência. Mulheres e homens agarram-se ainda demasiadas vezes aos filhos como náufragos a pedaços de mobília flutuantes, temerosos do mundo anunciado em que o amor será o único valor com cotação constante, sem as escoras das aparências sociais. Os filhos deixaram de ser o certificado de aforro das famílias para se tornarem aquilo que desde sempre deveriam ter sido: exemplos de alegria, liberdade e futuro. Nenhum filho merece o peso da infelicidade obrigatória dos pais, nenhum filho prefere uma família agrilhoada aos seus tornozelos a um pai e uma mãe autónomos, aos quais possa amar como pessoas inteiras, estejam juntos ou separados. O divórcio tem sido muitas vezes o início do casamento dos pais com os seus filhos - o princípio do exercício da verdadeira paternidade, uma experiência de amor muito diferente da que oferece a conjugalidade.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Aguardo o regresso..

A Isabel Moreira abandonou a Jugular. A minha vida blogosférica ficou mais pobre. Todos os dias ansiava por mais textos como este ou este..

Aguardo o seu regresso..

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Mais um..

não vou mentir. fazer anos faz bem ao ego. normalmente nesse dia somos o centro das atenções, nesse dia toda a gente parece gostar de nós, nesse dia, com mais ou menos falsidade, fartamo-nos de receber mensagens de felicitações e desejos de muita saúde, dinheiro, amor. essas coisas normais.
fazer anos é mais que isso. é sobretudo lembrar que estamos mais velhos. sim, cada dia, cada hora, cada minuto que passa estamos mais velhos, mas habituamo-nos a marcar a nossa idade pelos nossos anos, nesse sentido, quando chegamos ao dia em que nascemos e contamos mais um ano é que reparamos que estamos mais velhos, damos mais um passo em direcção à morte.
mas fazer anos é sobretudo estar com os amigos, infelizmente, nunca podem estar todos presentes e logo o provérbio "só faz falta quem está" deixa de fazer sentido.
o último ano foi sem dúvida o ano mais intenso da minha vida, pelas mais variadas razões. umas boas, outras menos boas, mas sobretudo foi um ano de grande aprendizagem. neste novo ano terei novos desafios, novas guerras a travar, lutas por acabar, mas espero sempre manter a mesma força e detrminação.
obrigado a todos os meus amigos, a todos os que se lembraram de mim, sobretudo aqueles que gostam realmente de mim.