quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

ano novo..

costumam-se fazer balanços nesta altura. penso que são neessários, mas a vida é um contínuo e não fazem sentido as, normais, resoluções de fim de ano, em que se prometem mudanças, vidas novas. passa o ano. dia 1 estamos iguais. sempre assim. mas apetece-me falar deste ano. embora tenha sido o ano mais duro e exigente da minha vida, foi o ano mais importante. assumi responsabilidades, soube valorizar o sofrimento, a dor, aprendi a gerir emoções, aprendi que somos bem mais fortes do que pensamos e aprendi a valorizar o que, e quem, interessa valorizar. uma pessoa diferente. felizmente. nos meus pensamentos recentes tenho reflectido sobre a vida que tenho levado, as atitudes tomadas, as decisões, as escolhas, o rumo que decidimos levar e penso, acho que me posso orgulhar, acho que quando chegar aos 30/40 anos, posso olhar para trás e pensar que efectivamente, bem ou mal, dei a cara, lutei, não tive uma vida de facilidades, uma vida entediante e isso orgulha-me. bem ou mal. bem ou mal. bem ou mal. cresci com o erro. cresci com a dor. aproveito os fracassos para dar um passo em frente, para me valorizar. e gosto disto, felizmente.

agora resta-me desejar que o próximo ano continue a ser um ano de crescimento e de consolidação. consolidação pessoal e sobretudo de amizades.

sábado, 18 de dezembro de 2010

nós e os nórdicos!

li, recentemente, num artigo, que nos países nórdicos não se recorrem a serviços de empregadas domésticas. ficaram surpreendidos? eu fiquei, confesso. então não é, que aqueles ricalhaços lá do norte da europa, com o melhor nível de vida, não recorrem a umas horitas de mulheres-a-dias por semana e são eles que esfregam o chão, limpam o pó e lavam a louça. de que lhes serve então tanta qualidade de vida, se os pobres coitados é que têm que se preocupar com estes trabalhos que tanto nos repugnam. enfim. pelo que se lê, na noruega, suécia, dinamarca, os sapatos ficam à porta de casa, não há grande preocupação em engomar a roupa e, algo muito importante, nesses países todos trabalham para manter a casa bem asseada, algo impossível em portugal, onde se convencionou que o trabalho doméstico tem género, o feminino, claro.
para a próxima quando afirmarmos que gostaríamos de ser como os nórdico temos que ver, que afinal, aquilo que para nós é banalíssimo, para eles é um luxo.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

o que me apetece dizer agora..

sempre achei que o erro era algo muito "maltratado". não ha contemplações para quem erra. isto tanto se assiste num círculo de amigos, entre os nossos pares, onde qualquer falha é levada ao extremo e se pode passar de bestial a besta, assim como nas elites que nos governam, que não têm pudor eu não dar oportunidade a quem falha. se uma empresa vai à falência, o empresário terá a sua carreira arruinada, dificilmente terá outra oportunidade. quantos excelentes actores se perderam, unicamente por terem falhado numa audição. futebolistas que poderiam ter sucesso, se aquele treino que fizeram naquele grande clube tivesse corrido bem. e depois as oportunidades perdem-se. sim, há casos de gente que não desiste, que realmente consegue o que quer. mas quando se erra, uma pessoa fica marcada.
não sou melhor nem pior que ninguém.. mas eu, que erro bastante, e julgo que todos o fazem, sempre achei isto uma estupidez. sempre acreditei que as pessoas são naturalmente boas, que não há quem erre propositadamente, sempre tive assim uma grande dose de contemplação. e até para comigo, felizmente, tenho essa capacidade. e pronto, quando erro e me atacam faço sempre aquele exercício de retrospecção. será que tenho sido um bom cidadão? será que gostava de ser diferente? de ser outra pessoa? chego à conclusão que com todos os erros, defeitos, gosto de mim na minha imperfeição.. e quem nunca errou que atire a primeira pedra.


P.S. vocês, sim, vocês que sabem quem são, sempre que precisarem eu cá estarei.. é assim, somos diferentes, felizmente..

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

OS amigos (com a ajuda da câncio)

as razões porque escolhemos os amigos são várias. pode ser por termos crescido juntos, gostarmos do mesmo clube, do mesmo cantor, dos mesmos livros e filmes, termos uma ideia sobre o mundo e as pessoas e as pessoas no mundo. por mais importante que tudo isto seja, nada chega para fundamentar isso de ter alguém em quem confiar e que confia em nós, alguém a quem sabemos que sempre poderemos recorrer e que, esperamos, nunca nos abandone.
não vejo grandes diferenças entre a amizade e o amor, amor de namorados. gostamos de estar com os amigos, temos necessidade de tar com eles, partilhar algrias, tristezas, angústias, fazer festas, ir de férias. há um momento no amor em que percebemos que amamos e o mesmo sucede na amizade. como no amor, há na amizade traições, altos e baixos, fins e recomeços, há desilusões e ilusões, despontamentos, quedas e deslumbramentos. mas estamos sempre a procurar motivos para a amizade, a redescobri-la, a valorizá-la.
com o tempo, há tendência de os amigos começarem a acertar sentimentos e escolhas, a moldarmo-nos reciprocamente. mas é nas características peculiares de cada um que mais nos sentimos fascinados.
existimos uns para os outros, e de outra maneira dificilmente faríamos sentido. é isso mesmo que fazemos com os que escolhemos e nos escolheram: um sentido. uma aventura.
Para todos vocês!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A despedida!

gosto do destino. não daquele destino a que estamos habituados a falar, de que temos a vida programada desde o nascimento. não. eu gosto é do destino do dia-a-dia, da imprevisibilidade dos acontecimentos, dos encontros. com isso somos frequentemente surpreendidos.
ao contrário desse destino, nunca achei piada às despedidas. não gosto do sentimento de ausência, de vazio, de fuga, do será que no voltaremos a ver?
o destino colocou no meu caminho uma GRANDE pessoa. uma grande humildade, uma enorme coragem, um enorme coração. ao entrar no mestrado conheci o danilo, que é brasileiro. decidiu trocar o conforto do lar para arriscar a sua sorte em portugal. trabalhava num restaurante, onde esfregava o chão e lavava a louça. à sexta e sábado lá estava nas aulas. não sei porque razão todos gostávamos do danilo. não sei se era pelas suas expressões, pelas suas piadas, se era mesmo por pena, daquele que abandonou tudo em troca de um sonho. as coisas não correram bem e o danilo acabou por "trancar" a matrícula. desde então nunca mais o tinha visto, embora a troca de sms fosse regular. no início da semana o danilo disse-me que ia voltar para o brasil, uma vez que, tinha conseguido emprego na sua área de formação. Ontem, farto do estudo, lembrei-me de lhe perguntar se queria ir beber café. fomos. e foi a última vez que tive com ele. provavelmente nunca mais o verei, mas depois este sentimento passará. o tempo cura tudo. ele estava triste porque não podia voltar ao penhascoso (ele que tanto gostou), mas estava muito contente por voltar a casa, para junto da família. eu fiquei triste. nunca mais ouvirei a sua voz dizendo "e ae valter?", ou dizendo, "cuidado com o seu cadarço".
despedimo-nos na estação de metro da baixa-chiado. emocionado, disse: "cumprimentos para seus pais, irmão, pedro e meninos" e como brasileiro que é disse-me "fique com deus". eu saí do metro, esperei que os olhos secassem e a voz deixasse de ficar trémula. respirei fundo e segui.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O primeiro..

só tive a oportunidade de conhecer uma bisavó. recordo-lhe a indumentária sempre preta, com o lenço na cabeça, que até hoje me impede de saber qual seria a cor do seu cabelo. andava sempre com bolachas nos bolsos das batas e recordo como aquilo me sabia bem, nos meus quatro/cinco anos, e tenho poucas mais recordações desta senhora.
lembro-me de quando morreu. lembro-me que estava num jantar que reunia benfiquistas, quando se soube a notícia. no dia seguinte, os cá de casa, foram para a terra da minha bisavó, onde o corpo era velado em casa. lembro-me que era proibido comer carne, que o nível de som não podia ser muito alto, porque seria uma vergonha se se ouvisse na rua o som da televisão ou do rádio, uma vez que, o corpo estava a ser velado na casa ao lado. os primos tinham que estar imóveis e serenos, apesar da curta idade.
lembro-me do choro da minha avó e do meu tio-avô, lembro-me da reunião dos vizinhos à porta de casa, do caixão a sair directamente do quarto para a rua, pela janela. lembro-me dos gritos. e lembro-me de ser o primeiro funeral a que fui, o primeiro em que me perguntaram se queria ir e lembro-me sobreudo que não conseguia partilhar daquele constrangimento, de alguém que até já era "velha". Ela, distante. Ela, acamada. Ela, que não vivia por perto. Ela, que era do meu sangue, mas com a qual eu não conseguia partilhar grandes sentimentos. Olho para trás, recordo-me dos gritos, do sofrimento e percebo que quando vamos a um funeral e dizemos "os nossos sentimentos", é isso mesmo, é o admitir de que não conseguimos sentir como eles, a família próxima, os amigos mais chegados. são só os "nossos sentimentos". Há esta inevitabilidade de nunca saber o que sofre quem está dentro do sofrimento, até que um dia chegue a nossa vez e aí talvez seja mais perceptível a dor alheia.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O MAIOR!

"Eu sou do tamanho do que vejo, não do tamanho da minha altura".

Faz hoje 75 anos aquele que é para mim um dos maiores portugueses de sempre. Não conheço, infelizmente, a fundo a sua obra, mas aquilo que conheço, denota a genialidade do maior poeta português de sempre. Muitos portugueses desconhecem o autor e a sua obra, não têm possibilidade de dar valor a Fernando Pessoa, que se transformou em ALberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e outros heterónimos (personagens ficcionadas)como Bernardo Soares.
Tem frases que são intemporais, que são verdadeiros guias espirituais de muitos, deslumbrantes!
Não vou falar muito, vou deixar um poema de álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa.



Não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu! Grande Pessoa.. Eu também invejo todos os mendigos!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Marinho Pinto!

Marinho Pinto está bem longe de ser uma figura consensual. Não conheço o seu trabalho enquanto líder da Ordem dos Advogados. Conheço-o apenas das suas intervenções públicas. E gosto do que vejo. Gosta da frontalidade. Da coragem. Da forma como expressa as suas convicções. Recentemente, numa das várias apresentações do seu mais recente livro, "Um combate desigual", Marinho Pinto, enquanto enunciava alguns dos "podres" da justiça portuguesa, recordou a falta de condições das prisões em Portugal, rematando com uma frase que para mim diz tudo, "estar preso é estar privado da liberdade, não da dignidade".
Quantos concordam? Quem acha que os presos devem ser bem tratados na prisão, que tenham as mínimas condições?
Ouvimos muitas vezes dizer que até é bom estar preso. Numa forma irónica diz-se que se tem cama, comida e roupa lavada. Num tom mais sério defendem Que os reclusos deviam ser punidos fisicamente. E, infelizmente, a pena de morte ainda é defendida por muita gente. Pena. Esquecemo-nos facilmente da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Direito à vida, à dignidade.. Respeitemos então! E sim, fazem falta mais pessoas como o Marinho Pinto, que pode não ter "spin doctors" com ele, pode não ter a figura mais telegénica, mas tem conteúdo, valores, ideias. Isso chega-me!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Roubo à caixa de comentários do ASPIRINA B!

O Valupi perguntava "Se Sócrates continuar a puxar sozinho pelas exportações nacionais, mantendo a actual dinâmica de crescimento, ainda assim deverá ir de cana após a reeleição de Cavaco?"

Um leitor, chamado Mário, decidiu comentar e respondeu isto:

"Eu não tenho filiação partidária e nunca tive. Vou avaliando o que se faz e voto em conformidade. Se vejo que a mudança de uma cor para a outra em nada vai adiantar, persisto em votar segundo a minha “sensibilidade”, que não faço a minima ideia porque nasceu cá dentro. Como não sei explicar porque sou adepto do FCP. Não sei porque vejo sempre do lado dos ricos e poderosos uma certa perversidade, apesar de estar fartinho de constatar que há «pobres» muitissimo mais sacanas que muitissimos ricos. Quantas vezes não dou comigo a pensar que aquela multidão de «explorados» que está em todas as manifestações se pode transformar, como que por magia, numa multidão de exploradores, caso lhe depositem nas mãos o poder. As ditaduras saídas do comunismo são o escarrapachado exemplo. É claro que a multidão não chega “lá” em bloco.
Isto tudo a propósito do post do Valupi. Olho para o José Sócrates e a sua luta abnegada e teimosa contra o marasmo e contra a crise. E contra a calunia e contra a arruaça e contra os justiceiros diabólicos e contra a ditadura da comunicação social, toda, inclusive a pública, a malhar impiedosamente. É um verdadeiro massacre e ele resiste. Teve de aparar os golpes mais violentos de quem com ele diz colaborar estrategicamente, o Cavaco. Tivesse ele acusado os murros no peito (e era do que o Cavaco tem estado à espera desde 2008) e o conflito institucional assim criado teria atirado Portugal para o abismo onde está a Grécia.
E não estamos no abismo, apesar de isso ser afirmado a toda a hora e em todos os meios de comunicação escrita, falada e da televisão. E não estamos graças ao empenho e determinação de um homem, desde 2005. É a minha convicção. A aposta ganha, nas exportações, aí está para me dar razão.
Na «mouche», Valupi."

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Rendimento Social de Inserção

É muito comum ir a um café, jardim público, em conversa de amigos, ouvir as pessoas dizerem que o que é necessário é acabar com o Rendimento Social de Inserção, conhecido como rendimento mínimo. Propor esta medida é não ter conhecimento da realidade. Acredito piamente que há muita gente a receber este apoio injustamente, há muita gente que não quer é fazer nenhum, há muita gente com uma mentalidade "subsidiodependista". Concordo. É necessária uma maior vigilância, um maior rigor, mas acabar com este apoio social seria acabar com o "estabilizador social" de que o Governo tem em mãos. Sim, há bairros nos subúrbios cheios de gente a receber este apoio. Sim, há comunidades ciganas cheias de pessoas a receber este subsídio, mas imaginem se elas não o recebessem.
Que país teríamos? Sim, possivelmente teríamos um país num grande reboliço, em que a taxa de criminalidade seria bem mais elevada, a segurança podia ser posta em causa, e aí, gostava de saber o que todos preferíamos. Acabar com o Rendimento Social de Inserção era uma fraude. Iria-se prejudicar pessoas que realmente precisam deste apoio social e iria-se colocar Portugal dentro de um barril de pólvora.

Errata

O PSD, como seria de esperar, começa a distanciar-se nas sondagens. Ao contrário do que tinha dito no último post.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dúvidas!

ainda que mal pergunte, como é que é possível que estando o Mundo numa das maiores crises mundiais, o Governo tenha anunciado medidas de austerida fortíssimas, haja o desgaste de 5 anos de Governação, o PS e o PSD estarem empatados nas sondagens?

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Até Já!

Já várias pessoas me tinham aconselhado a acabar com o meu waiting ring, uma vez que, parecia mal um "Presidente" dar aquilo a quem lhe ligasse, porque o meu waiting ring diz "Meo Comandante, agora não posso atender...", qualquer coisa do género. Ouvia o conselho com muita atenção, como o faço com todos os que me dão, mas sinceramente não ligava muito e isto ia passando. Como eu não ligo para mim próprio não estou habituado a ouvi-lo. Mas hoje decidi acabar com o meu.. e não foi fácil. Fui ao mytmn, recuperei a minha password e andei por lá a deambular, até que cheguei aos waiting rings e percebi que ali não poderia fazer nada. Decidi ligar para um operador da TMN, onde lhe fiz o pedido, ele disse que ia tratar do assunto. Enquanto foi resolver o assunto meteu-me a ouvir opções de waiting rings e as suas vantagens, durante uns 10 minutos. Tanto tempo e só tinha que me dizer que tenho que enviar uma sms para o número 12700 com a palavra "DESACTIVAR". Era simples o que o senhor tinha para me dizer, mas para chegar a essa informação demorou este tempo todo.
Mas não foi assim tão fáci. Enviei a sms, mas tive que responder a outras duas, para confirmar.
Neste momento ainda aguardo a sms de confirmação da parte deles..
isto tudo para vos dizer como é bastante agressivo o Marketing destas grandes empresas e a desvinculação a elas não é fácil.
Eu já consegui. Felizmente!
Agora aos waiting rings da TMN eu digo "Até Já".

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Gente da Minha Terra!

já há muito tempo que não coloco, no meu humilde blog, um post denominado "Gente da Minha Terra". vai ser hoje. nem sempre é fácil escolher alguém que nos marque realmente e falar sobre ela. hoje lembrei-me de uma pessoa e irei escrever por ela.
isto é um texto complicado por várias razões, mas sobretudo por uma, divergências entre pessoas da minha família e essa mesma pessoa.
falo da evangelina, penso ser assim que se chama. tenho dúvidas, uma vez que, todo o mundo a trata por lita, assim como eu, que a conheço desde pequeno.
há momentos na nossa vida em que somos mal agradecidos, eu próprio já o fui várias vezes, e já me penitenciei pessoalmente e publicamente, num post deste género, mas com esta pessoa tenho uma grande dívida de gratidão por tudo aquilo que ela fez pela minha família numa altura bastante complicada da nossa vida. sei que estarão a perguntar, a razão pela qual então há divergências, nem eu sei bem, nem quero entrar por aí.
quero falar da lita, pessoa, cuja casa frequentei muitas vezes, também devido à amizade com o seu filho. quero falar da lita, a quem já preguei um dos maiores sustos da sua vida, quando ela e a minha mãe foram um pouco a um baile à tarde, e me deixaram em casa dela a dormir, quando regressaram eu não tava na cama, era muito pequeno, penso que bebé, devo ter caído para o chão e fui para baixo da cama. fartaram-se de me procurar sem me encontrar, levando-as às lágrimas, mas eu não fugi, estava ali. quero falar da lita que me levava de manhã quando ia ao pão para o jardim de infância, quero falar daquela pessoa a quem adoro dar beijos e abraços e de lhe chamar "puta", como termo carinhoso.
há coisas que nos deixam tristes, ainda mais, porque não podemos fazer nada e parecem irreversíveis, mas apesar de todo o contexto que nos envolve sei que saberei sempre distinguir as coisas e tê-la como amiga.. separam-nos 30 anos, sensivelmente, mas terei sempre um grande carinho por esta pessoa.. e há mais pessoas como eu.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Já fez um ano!

Um ano. Sim, já passou um ano. Neste momento em que escrevo (20h45) estou a recordar-me como foi há um ano, a esta mesma hora. Era a agitação total, as sms a circularem´, os nervos,começava a perceber que o nosso "monte" dos votos era bem maior, a perceber que ia haver mudança. Sim, isto tudo já lá vai há um ano. Poucos esperavam, poucos acreditavam, até eu, confesso, que quando parti para isto não tinha grandes expectativas. Mas foi o que sucedeu. Foi uma noite bonita. Muitas chamadas, mensagens, abraços, beijos. Uma grande surpresa.
No dia seguinte às eleições, quando acordei não conseguem imaginar o aperto no coração. A angústia. O peso da responsabilidade. O medo de falhar. O medo de desapontar quem confiou em mim. o medo do desconhecido. Tive cerca de 20 dias para digerir tudo isto, até ao dia em que tomei posse.
Ser presidente não é um cargo de luxo, nem sequer honorífico, é sim uma necessidade da sociedade. Quem cá está tem que estar como voluntário de uma causa, apenas. Nada paga as chatices, os nervos, as noites mal dormidas.
Sim, também tenho muitas alegrias, o facto de poder tornar a vida de uma pessoa melhor, é uma alegria incomparável.
Foi um ano difícil, a vários níveis. Foi um início bastante complicado, uma vez que, era completamente inexperiente nestas lides, foi uma aprendizagem constante, que ainda hoje se mantém.
Acho, sinceramente, que o próximo ano irá correr bem melhor, acho que resolvi problemas importantes para que agora as coisas corram de feição. Que assim seja, por uma única razão, o melhor para a minha Freguesia!

Quero deixar uma palavra a todos os que entraram neste desafio comigo e a todos os que estiveram a meu lado a apoiar-me, dando a cara ou não. Foram todos muito importantes.

domingo, 10 de outubro de 2010

A importância das vias de comunicação para a diminuição das assimetrias regionais em Portugal

Tenho colaborado pontualmente no blog "Nódoa Offline", do Pedro Pereira, um jovem de 17 anos com uma cultura e inteligência acima da média. Desta vez, é ele que vai deixar o seu marco no "Esquerdismos", com um texto que foi publicado no jornal regional mais lido no Distrito da Guarda, o "Nova Guarda".

Os recentes investimentos rodoviários devem encher o Interior de regozijo.
A partir de 2001, durante o governo de António Guterres, deu-se início à transformação de alguns IP’s em Auto-Estradas, como é o caso da transformação do IP5 na A25.
As obras do IP2, por sua vez, evoluem a um ritmo muito acelerado. Em dias de crise, numa conjuntura económica bastante desfavorável, deve-se ter consciência de que, se não se desistiu da aposta na nossa região, é porque, de facto, ela é tratada como uma prioridade, o que é de aplaudir.

A sinistralidade rodoviária foi, sem dúvida, o principal motivo que levou ao investimento público na transformação dos IP’s. Estas eram estradas com alternância entre 1 e 2 faixas, com curvas atribuladas, enorme tráfego e todas as condições propícias a desastres. Dados oficiais comprovam que, desde a inauguração da A25, o número de acidentes de viação com feridos graves e mortos diminuiu drasticamente.

No entanto, a sinistralidade rodoviária não foi a única questão tida em conta.
A aposta nas auto-estradas do Interior visa combater as distâncias. Embora a distância absoluta se mantenha, a distância-tempo (percursos de igual distância completos num menor período de tempo), a distância-custo (aumenta o rendimento dos automóveis, e consequentemente, diminui as despesas em combustível) e até a distância-psicológica (evitam-se longas filas de trânsito, stress e desconforto) diminuem, o que traz enormes vantagens, que vou de seguida referir.
É dado, assim, um importante passo na aproximação entre um Interior com necessidade de se revitalizar e as cidades mais importantes do país.

Estas novas estruturas permitem que as empresas do sector industrial se possam fixar nesta região, pois dispõem, agora, de melhores acessibilidades, imprescindíveis para escoar a sua produção e, com uma mão-de-obra mais barata do que noutras zonas do país, há mais perspectivas de sucesso. No Interior, existem ainda benefícios fiscais para as empresas, o que torna mais aliciante a sua fixação, dada a confiança numa maior competitividade e redução de custos. A vinda/criação de empresas dinamiza e estimula, com toda a certeza, todo o tecido económico desta região.
Por outro lado, a mais forte acessibilidade permite que haja mais mobilidade populacional e que muitas pessoas possam trabalhar em maiores cidades do centro do país sem terem que alterar o seu local de habitação, concretizando, desta forma, o seu desejo de sucesso profissional e, ao mesmo tempo, não abandonar as cidade, vilas, aldeias que as viram nascer.
Permite também que os recursos naturais preservados e que constituem verdadeiros ex-líbris tenham uma maior projecção: serão aproveitados pela população que vive em áreas fortemente urbanizadas, que terão a oportunidade de desfrutar da nossa região em fins-de-semana, por exemplo, sem que, para isso, tenham que fazer uma longa e cansativa viagem.
A utilidade dos “corredores”, designação para as auto-estradas do Interior, não gera, contudo, consenso. Algumas pessoas defendem que “as auto-estradas do Interior tanto facilitam a chegada de pessoas, como a fuga do Interior para as outras cidades de maiores dimensões e mais desenvolvidas (tanto em Portugal como na vizinha Espanha), o que é um problema muito grave e promove o êxodo rural”.
Não concordo com estas opiniões. Acima de tudo, tem que haver facilidade de mobilidade e redução de distâncias. As auto-estradas, por si só, não resolvem o problema da Interioridade, é preciso que as cidades mais pequenas encontrem outros vectores de fixação. Se o combate ao isolamento não se consegue apenas com auto-estradas, a verdade é que estas dão um preciosíssimo contributo.

O facto de as pessoas do Interior se conseguirem deslocar mais facilmente para cidades de maiores dimensões é extremamente benéfico, pois não só captam novas ideias de modernização como vêem satisfeitas as suas necessidades através da oferta de grande variedade de serviços e comércio e, não menos importante, enriquecem os seus níveis culturais através da convivência com outras realidades, podendo, por conseguinte, aplicar mais e melhores conhecimentos no seu contributo pessoal para o desafio do desenvolvimento do seu local de habitação.

A situação geográfica do distrito da Guarda e as dificuldades que se atravessam, mais do que nunca, não devem servir para desistir daquilo que é nosso, mas sim para aproveitar e reunir energias e ideias novas para inverter a actual tendência e alcançar um melhor bem-estar, tanto nosso, como daqueles que nos rodeiam.

Apesar de o texto estar encadeado, O que se segue não foi publicado no "Nova Guarda"

A questão do fim das SCUTS é tão controversa quanto complexa, pelo que devemos ter muito cuidado ao formar, sobre ela, opinião.
Se, por um lado, é bem verdade que no que às contas públicas diz respeito, as portagens na A25 e na A23 trarão receitas importantes, também deveremos reconhecer que o Interior do país merece ser discriminado positivamente em relação às outras zonas do país, dadas as suas fragilidades, provocadas pela situação geográfica.
Os juízos quanto às portagens devem ser feitos de forma consciente, e não numa perspectiva política, ao serem usados como arma de arremesso contra o Governo, de forma populista.

Aliás, é importante não esquecer os esforços e investimentos deste executivo para atenuar a situação débil desta região. Acrescento ainda que as responsabilidades não devem ser atribuídas exclusivamente ao poder central, mas sim, também, aos poderes locais. Existem casos de sucesso no distrito da Guarda e existem, por sua vez, casos de degradação social e económica. O distrito é avaliado no somatório de pequenos exemplos, e, se existem muitos autarcas muito impreparados e incapazes, também é justo atribuir mérito a todos os que proporcionam boas condições de vida às populações dos Municípios a que presidem, através da boa gestão de dinheiros públicos, da seriedade e da capacidade de mobilização e envolvimento comum (mérito não só de Presidentes de Câmara, mas também de pessoas com valor que empenham as suas qualidades num objectivo comunitário). É possível fazer muito com pouco, se e só se o “pouco” não se referir às mentalidades. A reivindicação é benéfica. O constante lamento como forma de “álibi” é dispensável.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Eu, republicano..

Hoje celebra-se os 100 anos da República portuguesa e eu não poderia passar este dia sem deixar aqui um post. E poderia fazer aqui uma dissertação sobre as vantagens de se ter uma República em vez de uma Monarquia, mas não o vou fazer, para isso deixo este brilhante texto do Domingos Farinha, do Jugular.
Para mim chega-me uma simples razão. A igualdade. Sim, o facto de à nascença todos sermos iguais em direitos e deveres, em não nascerem bebés com privilégios adquiridos. Sim, isto chega-me. Perdoem-me os monárquicos, mas gosto de viver num país em que, a maioria dos seus cidadãos, pode sonhar em chegar a chefe de Estado. Não quero um país que se divide em a Nobreza, cheia de regalias, de um lado e o povo de outro. Esta é a minha razão.
"Todos lado a lado na linha de partida". Chega-me!

sábado, 2 de outubro de 2010

Homem como nós, penso..



lembro-me de há uns anos, já muitos, aos domingos, à hora de jantar assistir aos debates entre sócrates e santana lopes, eles que curiosamente alguns anos mais tarde se tornariam primeiros ministros e até concorreriam um contra o outro para este mesmo cargo.
penso ter sido aí que tomei o primeiro contacto com sócrates, o homem que dava a cara pela coincineração.
sócrates tornou-se em 2005 chefe de um governo com maioria absoluta e acho que ninguém me pode criticar se eu disser que foi o primeiro ministro mais reformista desde o início dos anos 90. atacou na educação, com a avaliação dos professores, com o encerramento de escolas, com a introdução do inglês, do alargamento dos horários escolares para as crianças do primeiro ciclo, com a introdução das novas tecnologias.´sócrates reformou a saúde, nomeadamente com o encerramento de maternidades, de SAP's.´sócrates e o ministro vieira da silva reformaram de forma exemplar a segurança social, garantindo a sustentabilidade desta por mais de 30 anos. sócrates deixou grande marca nas energias renováveis, na valorização de conhecimentos, sócrates deu a cara pelo aborto, pelos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. sócrates lutou, meteu-se em guerra com juízes, desgastou-se. sócrates também é o do caso freeport, o da licenciatura, o dos projectos, o da face oculta. sócrates foi o político mais perseguido em portugal. sócrates continua, e em nome do interesse nacional tratou da sua certidão de óbito na passada quart-a feira quando anunciou as medidas de austeridade. não sei como sócrates ainda tem cara de gente, como é que ele aguenta tanto desgaste, tanto ódio, tanta peseguição. sócrates faz o seu caminho, faz aquilo que acha melhor para o país sem medo das consequências que pode ter para si! é vítima do sistema. das mouras guedes, dos saraivas, dos fernandes, dos monizes. não sei quanto tempo ele aguentará mais, mas sei a admiração que tenho por este senhor e pela sua coragem. nunca houve em portugal um primeiro ministro como ele. nunca. e não é crença, é razão. sócrates...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Responsabilidade!

Portugal está a passar tempos difíceis. Não vamos esconder. É tempo de todos percebermos que todos temos que contribuir para solucionar esta situação. Nós fomos a votos há sensivelmente um ano e aí escolhemos as pessoas que nos representam para conduzirem os destinos do nosso país. Elegemos deputados (representantes do povo) desde a CDU (PCP e Verdes), Bloco, PS, PSD e CDS/PP. Não há maioria. Complica as coisas, mas foi o povo que decidiu que assim fosse. O PS decidiu formar Governo na mesma, logo deveria ter noção que tinha que chegar a acordo com os outros partidos para alcançar soluções. É a realidade. Vai precisar dos outros partidos. Decidiu chamar o PSD para negociar, algo que foi negado por opção de PAssos Coelho. Não pode desistir e deve partir para negociações com os outros partidos. São nestes tempos que se percebe quem tem à partida sentido de responsabilidade. SE se corta na despesa ou se aumentam impostos, cada um terá a sua opinião. Segundo o João Galamba, o PSD está agora a dizer que não aprova a subida de impostos, algo que estava implícito quando decidiram aprovar as medidas do PEC 2. "Se o aumento da receita fiscal acordada em Maio, e que entrou em vigor apenas em Julho, representa 0,6% do PIB, para atingir os 1,4% do PIB de 2011 são necessários 0,8% adicionais*. Ou seja, o PSD sempre soube que o próximo OE teria de incluir mais medidas do lado da receita, pelo que não pode vir agora fingir que está perante uma novidade que resulta de uma qualquer quebra de compromisso por parte do governo", é a ideia defendida pelo economista João Galamba.
O PSD e o CDS têm total razão quando defendem que também é necessário cortar na despesa. Somos um país com Estado a mais que gasta demasiado. Cortar nos apoios sociais? Na Educação? Na saúde? Não sei. É preciso que seja em algum lado. É preciso muita coragem, claro, os tempos exigem. E responsabilidade.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Cavaco e a crítica!

Em todas as actividades somos alvos de críticas. Há algumas pessoas que estão mais expostas que outras, consoante o cargo que ocupam. Poderia falar do meu caso, que ocupo um cargo público, estou mais vulnerável à crítica, uma vez que, foram as pessoas que me escolheram, logo elas têm o direito de me escrutinar até ao tutano. É um direito que lhes assiste e com o qual eu tenho que aprender a lidar.
Acho que falta muita vez humildade aos políticos, não gostam de assumir os seus erros. Faz parte, estamos num jogo onde ninguém perdoa e onde cada falha pode ser fatal.
Cavaco não. Cavaco é alguém impoluto, superior a qualquer crítica e acha que os "ataques" políticos que lhe são feitos não passam de má educação de quem lhe os dirige. O Presidente da República tem este dom, de ser superior a tudo e todos, logo não comenta as críticas que lhe dirigem porque não quer "parecer mal educado". Ele é o chefe máximo da República Portuguesa, mas tem que perceber não tá acima de qualquer crítica.
Humildade, precisa-se!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Os Novos Ricos!

Emergem de famílias de classe média baixa, com escolaridade mínima, colam-se a pessoas importantes, a partidos políticos, conseguem empregos de classe média e transformam-se! Isto são os novos ricos, gente com pouca formação, arrogante, que teve a sorte de subir na vida. Até aqui não há mal algum. Acho bem as pessoas serem ambiciosas e quererem subir na vida, seja de que forma for.
Não suporto é a mudança que se passa dentro destas pessoas.
Transformam-se, passam de gente humilde a árvores de Natal ambulantes, gostam de pensar que se vestem bem, mas no fundo, não conseguem fazer crescer a sua fraca cultura. Gostam de criticar, falar da vida dos outros, esquecem-se de si e dos seus podres. Continuam apenas com o seu mundinho de gente da ralé de onde nunca sairam. Para esta gente, o que importa é o parecer e não o ser!
Hoje estou numa de azedo, é verdade, mas detesto gente que não tem nada na cabeça, mas que se acham gentinha importante. Gente miúda, esta laia!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O interior!




Gosto daquilo a que se chama o "Portugal profundo". O Portugal que não fica a 100 km da costa, o interior desertificado, sem oportunidades que foi abandonado pelos jovens em busca de um sonho concentrado no litoral ou fora de portas.
Também eu, apesar da facilidade de chegar aos grandes centros, vivo no interior, e gosto.
AS grandes lojas dos grandes centros comerciais não existem e as feiras de rua fazem as delícias de qualquer mulher, os idosos das micro aldeias não conhecem os hipermercados e são servidos por homens e mulheres que andam de aldeia em aldeia a distribuir a fruta, o peixe e o pão, entre dois dedos de conversa.
Gente simples que precisa de muito pouco, gente com a cara lavrada pelos anos, com batas de cozinha e boinas para proteger a cabeça do sol.
Têm a companhia da radiofonia e da televisão, sentam-se ao sol num banquinho da aldeia e relembram os tempos idos, as estórias que os enchem de orgulho.
Os poderes centrais não os conhecem, os poderes locais ignoram-nos, vivem isolados de um admirável mundo novo e isso chega-lhes e isso emociona-me. E eu sou feliz com eles, com as suas estórias, as suas expressões, os seus beijos e carinhos.

domingo, 5 de setembro de 2010

Rentrée!

Ontem, realizou-se em Matosinhos o comício da Rentrée política do Partido Socialista. Sócrates não surpreendeu. Manteve o seu alto nível de orador e abordou aquilo que se esperava, Orçamento, Revisão Constitucional, Crise Política. De todas estas matérias, aquelas em que há uma maior divergência entre o PS e o maior partido da oposição, o PSD, Sócrates colocou um maior ênfase na Revisão Constitucional, uma vez que, foi a partir daqui que o PS ganhou um novo fôlego, depois do desgaste de cinco anos de governação, em tempos difíceis e de grande austeridade.
O líder do PS sabe, que num país com um forte Estado Social, onde há uma forte protecção dos trabalhadores, querer acabar com isto é praticamente uma morte política. O PSD caiu a pique nas sondagens e logo mudou o discurso, ninguém se entende muito bem e ninguém sabe o que fazer com o projecto de revisão constitucional que foi elaborado por um monárquico.
Quem deixa aquilo em que acredita em troca de valores de uma sondagem, não tem carisma, é alguém que se preocupa unicamente na forma como alcançar o poder.
O PSD apresenta-se como um partido sem ideias e sem ideologia, onde os líderes continuam a ser marionetes de um robot localizado em Belém.
O PS continua a ser o único partido que garante estabilidade em Portugal, o único com um rumo e com uma orientação para o país. Neste momento de tempestade, como referiu Guilherme Pinto, "Sócrates é a pessoa certa para estar ao leme do navio".

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O JULGAMENTO!

É amanhã que é conhecida a sentença do processo Casa Pia. Amanhã, Carlos Cruz, Hugo Marçal e Ferreira Diniz irão conhecer a sentença, de um processo que se arrasta há oito anos, embora já tenham sido condenados publicamente pela opinião pública e pelos meios de comunicação social.
As atenções estão viradas em Carlos Cruz, personagem mediática, o senhor televisão. Eu só espero, sinceramente, que Carlos Cruz, assim como os outros acusados, sejam mesmo culpados, para não estarem a passar tudo isto injustamente!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

A expulsão!

A decisão do governo francês de expulsar ciganos é algo que me choca, aliás, devia chocar a todos. É verdade que os cidadãos expulsos estão numa situação clandestina, mas quantos cidadãos vivem em frança, que não são ciganos e que também estão numa situação clandestina. Brasileiros, magrebinos, chineses. A questão é muito simples, racismo e xenofobia.
Como em portugal, não lidam bem com os ciganos. Não nos podemos esquecer que os ciganos que estão a ser expulsos de França, assim como os que vivem em portugal são descendentes de ciganos que se fixaram em nos séculos XVII e XVIII, o que me leva a pensar que os problemas de segurança que supostamente eles causam, são fruto de más políticas sociais, más políticas de integração.
Há ciganos maus? Há. Há pretos maus? Há. Mas também há caucasianos maus. Estamos a tomar o todo pela parte. Quantos ciganos não irão ser expulsos injustamente, que não causam danos, mas em vez de se apostar na integração, opta-se pelo caminho mais fácil, a expulsão. conseguem perceber a diferença entre a Esquerda e a Direita?

sábado, 28 de agosto de 2010



É contra isto que hoje se vai protestar em todo o Mundo!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A vantagem para a Esquerda de o PCP apresentar um candidato próprio!

já o disse várias vezes, em aulas, em reuniões políticas, em conversas privadas, nunca concordaram comigo. hoje, a Isabel Moreira veio de encontro à minha opinião.
muitos acham que a Esquerda deveria apresentar uma única candidatura, uma vez que, consideram que se tal não suceder, que a Esquerda sai enfraquecida. totalmente de desacordo.
raciocinem comigo. todos sabemos que o eleitorado do PCP é o mais fiel que existe e se os comunistas não apresentassem candidato próprio, muito provavelmente, a maioria dos comunistas não iriam sair de casa para votar, ou então votavam em branco, porque duvido que votassem em Manuel Alegre, candidato que avançou às presidenciais apoiado pelo Bloco de Esquerda.
com a candidatura de Francisco Lopes, uma coisa é óbvia, a vitória à primeira volta de Cavaco Silva fica mais longe, embora eu considere que ainda é bem fácil de se alcançar, porque os restantes candidatos não mobilizam ninguém.
espero que tenham percebido o raciocínio.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O desemprego e a Revisão Constitucional do PSD

se há um grave problema em Portugal é o do desemprego, problema esse que resulta de vários factores, onde o factor político não é dos mais relevantes. não me venham com coisas e o problema é do sócrates ou do de outro qualquer líder, o desemprego não se resolve por decreto. não há passe de mágica que resulte. interessa neste momento o governo dinamizar a economia através do investimento público e apoiar as empresas e os empresários, incentivá-los a investir, dar-lhe condições. E agora vem o projecto de revisão constitucional do PSD. Liberalizar despedimentos. Sou um tipo convictamente de Esquerda, mas o ponto em que o PSD propõe que se acabe com a justa causa nos despedimentos, embora desagrade à maioria da Esquerda, eu não considero descabida. posso ser ingénuo, mas não me parece que vá aumentar o desemprego.
A minha ideia é a seguinte, uma pequena empresa tem cinco empregados, está com problemas de liquidez, está numa fase em que produz pouco e naquele momento necessitava apenas de três empregados até que as coisas melhorassem, mas os empregados são efectivos e se os despedisse teria que pagar altas indemnizações o que levaria na mesma a empresa à falência, logo se houvesse uma maior flexibilização nas leis laborais e se despedisse dois empregados a empresa aguentavasse e mantiam-se os outros três, desta maneira, acabam por ir os cinco para o desemprego. é um pequeno exemplo, mas que espero que elucide a minha opinião acerca desta matéria! agora a progressividade em matéria fiscal, as alterações em matéria de saúde e de educação são totalmente contra os meus valores de Esquerda!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

PCP/BLOCO ou PSD

Perguntam-me muitas vezes, se eventualmente tivesse que mudar de partido, se me voltaria para a Esquerda ou para a Direita - outra coisa que me perguntam muitas vezes é se isto é tudo beleza natural, ou se já fiz algumas plásticas (piada roubada ao RAP). É uma pergunta bastante complicada, escolher o Bloco e o PCP ou o PSD. Começo por referir que me sinto muito bem no PS, revejo-me nas suas ideologias, valores, não concordo com tudo, como é óbvio, mas a sua génese faz-me sentir que esta é a minha casa, que é aqui que me sinto bem. Depois desta introdução, refiro que se um dia tivesse que escolher outro partido seria o PSD. Sim, o etrno rival. Seria mais fácil para mim dizer o inverso. Deslocalizar-me para a Esquerda seria o mais natural, mas eu sou realista e gosto de pessoas realistas, programas realistas, ideais realistas.
O PCP e o Bloco de Esquerda são partidos contra poder, unica e simplesmente. Defendem ideias irrealistas, prometem mundos e fundos porque sabem que nunca serão poder, nem o querem ser e pior que isso, os exemplos que temos como sociedades comunistas, Cuba, china e Coreia do Norte mostram que a ditadura do proletariado continua a ser uma ideia a defender. Li a Utopia de thomas morus e compreendo a ideia que se tenta passar, mas para isso seria necessário que todos os seres humanos fossem idênticos e perfeitos, sabemos que não o são.
O PSD é um partido mais próximo do PS, quer queiram ou não. Tem ideias conservadoras, algumas ultrapassadas, mas preferíveis para o meu país que as comunistas.
No meio disto tudo, fico com o PS, o partido que com todos os defeitos, continua a ser o que me merece mais respeito. Liberdade, Igualdade, Fraternidade. SEMPRE!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Texto que gostaria de ter escrito (9)

Inês Pedrosa, na sua habitual crónica feminina da revista Única, brinda-nos com este texto brilhante, do qual eu menciono este excerto.

A paternidade é uma das mais vanguardistas conquistas do nosso tempo. Ao contrário da maternidade, não tem cartilha de etiqueta nem caderno de encargos; aquilo a que no passado se chamava pai era uma ausência: um senhor que saía cedo e entrava tarde, pagava as contas, exigia respeito e obediência - ou pior. As famílias assim constituídas estoiraram porque eram fontes de solidão e violência. Mulheres e homens agarram-se ainda demasiadas vezes aos filhos como náufragos a pedaços de mobília flutuantes, temerosos do mundo anunciado em que o amor será o único valor com cotação constante, sem as escoras das aparências sociais. Os filhos deixaram de ser o certificado de aforro das famílias para se tornarem aquilo que desde sempre deveriam ter sido: exemplos de alegria, liberdade e futuro. Nenhum filho merece o peso da infelicidade obrigatória dos pais, nenhum filho prefere uma família agrilhoada aos seus tornozelos a um pai e uma mãe autónomos, aos quais possa amar como pessoas inteiras, estejam juntos ou separados. O divórcio tem sido muitas vezes o início do casamento dos pais com os seus filhos - o princípio do exercício da verdadeira paternidade, uma experiência de amor muito diferente da que oferece a conjugalidade.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Aguardo o regresso..

A Isabel Moreira abandonou a Jugular. A minha vida blogosférica ficou mais pobre. Todos os dias ansiava por mais textos como este ou este..

Aguardo o seu regresso..

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Mais um..

não vou mentir. fazer anos faz bem ao ego. normalmente nesse dia somos o centro das atenções, nesse dia toda a gente parece gostar de nós, nesse dia, com mais ou menos falsidade, fartamo-nos de receber mensagens de felicitações e desejos de muita saúde, dinheiro, amor. essas coisas normais.
fazer anos é mais que isso. é sobretudo lembrar que estamos mais velhos. sim, cada dia, cada hora, cada minuto que passa estamos mais velhos, mas habituamo-nos a marcar a nossa idade pelos nossos anos, nesse sentido, quando chegamos ao dia em que nascemos e contamos mais um ano é que reparamos que estamos mais velhos, damos mais um passo em direcção à morte.
mas fazer anos é sobretudo estar com os amigos, infelizmente, nunca podem estar todos presentes e logo o provérbio "só faz falta quem está" deixa de fazer sentido.
o último ano foi sem dúvida o ano mais intenso da minha vida, pelas mais variadas razões. umas boas, outras menos boas, mas sobretudo foi um ano de grande aprendizagem. neste novo ano terei novos desafios, novas guerras a travar, lutas por acabar, mas espero sempre manter a mesma força e detrminação.
obrigado a todos os meus amigos, a todos os que se lembraram de mim, sobretudo aqueles que gostam realmente de mim.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Verdadeira beleza!

A Isabel Moreira, blogger do Jugular, teve acesso e fez questão de publicar. Eu não consigo ficar indiferente e quero partilhar com todos os que visitam este blog. A carta que Saramago escreveu à sua avó é de uma ternura, de uma sensibilidade única. Obrigado Saramago..

"Tens noventa anos. És velha, dolorida. Dizes-me que foste a mais bela rapariga do teu tempo – e eu acredito. Não sabes ler. Tens as mãos grossas e deformadas, os pés encortiçados. Carregaste à cabeça toneladas de restolho e lenha, albufeiras de água. Viste nascer o sol todos os dias. De todo o pão que amassaste se faria um banquete universal. Criaste pessoas e gado, meteste os bácoros na tua própria cama quando o frio ameaçava gelá-los. Contaste-me histórias de aparições e lobisomens, velhas questões de família, um crime de morte. Trave da tua casa, lume da tua lareira – sete vezes engravidaste, sete vezes deste à luz.

Não sabes nada do mundo. Não entendes de política, nem de economia, nem de literatura, nem de filosofia, nem de religião. Herdaste umas centenas de palavras práticas, um vocabulário elementar. Com isto viveste e vais vivendo. És sensível às catástrofes e também aos casos de rua, aos casamentos de princesas e ao roubo dos coelhos da vizinha. Tens grandes ódios por motivos de que já perdeste a lembrança, grandes dedicações que assentam em coisa nenhuma. Vives. Para ti, a palavra Vietname é apenas um som bárbaro que não condiz com o teu círculo de légua e meia de raio. Da fome sabes alguma coisa: já viste uma bandeira negra içada na torre da igreja. (Contaste-me tu, ou terei sonhado que o contavas?) Transportas contigo o teu pequeno casulo de interesses. E, no entanto, tens os olhos claros e és alegre. O teu riso é como um foguete de cores. Como tu, não vi rir ninguém.

Estou diante de ti, e não entendo. Sou da tua carne e do teu sangue, mas não entendo. Vieste a este mundo e não curaste de saber o que é o mundo. Chegas ao fim da vida, e o mundo ainda é, para ti, o que era quando nasceste: uma interrogação, um mistério inacessível, uma coisa que não faz parte da tua herança: quinhentas palavras, um quintal a que em cinco minutos se dá a volta, uma casa de telha-vã e chão de barro. Aperto a tua mão calosa, passo a minha mão pela tua face enrijada e pelos teus cabelos brancos, partidos pelo peso dos carregos – e continuo a não entender. Foste bela, dizes, e bem vejo que és inteligente. Por que foi então que te roubaram o mundo? Mas disto talvez entenda eu, e dir-te-ia o como, o porquê e o quando se soubesse escolher das minhas inumeráveis palavras as que tu pudesses compreender. Já não vale a pena. O mundo continuará sem ti – e sem mim. Não teremos dito um ao outro o que mais importava.

Não teremos realmente? Eu não te terei dado, porque as minhas palavras não são as tuas, o mundo que te era devido. Fico com esta culpa de que me não acusas – e isso ainda é pior. Mas porquê, avó, porque te sentas tu na soleira da tua porta, aberta para a noite estrelada e imensa, para o céu de que nada sabes e por onde nunca viajarás, para o silêncio dos campos e das árvores assombradas, e dizes, com a tranquila serenidade dos teus noventa anos e o fogo da tua adolescência nunca perdida: “O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer!”.

É isto que eu não entendo – mas a culpa não é tua
".

terça-feira, 27 de julho de 2010

Sócrates, o lutador..

o Ministério Público deu por concluído o processo Freeport. lembram-se do que era o caso Freeport? foram semanas e semanas de aberturas de telejornais, de capas de jornais, foram meses de pura perseguição política a uma só pessoa: SÓCRATES. depois do processo FReeport, vieram por arrasto o caso PT/TVI e a espionagem política feita em Aveiro.
se Sócrates não fosse um combatente, um guerreiro, certamente que tinha cedido e desistido de tudo e todos. ele aguentou e agora cá está para se rir das "mouras guedes" e dos "josés manueis fernandes" deste país.
os grandes vêm-se nestes momentos. quantos teriam aguentado? quantos não teriam desistido? a partir de agora ver se aprendemos que no jornalismo não pode valer tudo. respeite-se a dignidade alheia, já que a maior parte dos jornalistas já peerderam a sua credibilidade.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Levei com a morte!

Com a morte. Hoje levei com a morte. E bateu-me mal, assim de uma forma estranha – não foi dor, como acontece quando me morrem pessoas próximas; não foi sensação de vazio, nada semelhante. Foi uma espécie de empurrão ao mesmo tempo pelas costas e pela frente. Dado à velocidade da luz - que nem saí do mesmo sítio. Tipo acorda pá, qualquer dia és tu. Podias ter sido tu. quem diria que partiria tão cedo? Deu-me para aqui, podia-me ter dado para aí. Estás a ver como isto é? Espécie de banca francesa – a fortuna que sai dum corno.

Esta cena da morte é um bocado pim-pam-pum e um gajo às vezes anda de gavetas desarrumadas e de repente dói-lhe uma unha e não é nada não é nada – é só uma unha. Vou amanhã ver disso, hoje tenho mais que fazer. E vai-se a ver e valia a pena ter ido mais cedo, que com estas idades a coisa depois foi sempre galopante. E tão novo, e o caralho. Não aguentou o galope, essa é que é essa.

Mas porquê este desatino todo com esta morte? Esta morte de hoje. Todos os dias morre gente conhecida, mais ou menos velha, mais ou menos amiga, mais ou menos próxima. Francamente, não faço ideia. Sei que me sinto agoniado. E que agora que escrevi isto ainda me sinto pior. E não devia ser para isso que um gajo escreve, para depois se sentir pior. Agonia por agonia bembondam as que provoca ouvir todos os dias a senhora de foice ao ombro. Aos berros de pim-pam-pum.

(Adaptado de um texto do Rogério Pereira do Jugular)

Conheci o tiago quando ele estava internado no IPO, ao mesmo tempo que o meu irmão. Soube que as coisas não lhe tavam a correr bem, nomeadamente na cirurgia, falei com a família e depois fui falar com ele. Apesar de todo o sofrimento que sentia, foi extremamente educado, simpático. Tinha noção do que se passava, mas manteve sempre a coragem até ao fim. Eu despedi-me dele nesse primeiro dia em que falei com ele. Ele abriu os olhos e disse: "obrigado por te preocupares comigo".
Era um campeão do Judo, uma forte promessa e eu, apesar de muitas pessoas dizerem que era impossível, achava que ele ia conseguir. Na sexta feira passadaestive no IPO e pensei ir vê-lo, mas até pensei que ele já tivesse em casa. Hoje levei com a morte dele e fico lixado comigo.
Os momentos em que falei com ele foram de uma enorme alegria para mim. Era mesmo um CAMPEÃO. Disse-me que desejava criar uma fundação de apoio às pessoas que sofrem de Cancro. Vejam se percebem a grandeza do rapaz.
Devemos todos pensar nisto. Deixem-se de merdas, de intrigas, de futilidades.. Cresçam e percebam o que é a vida. ÀS vezes só percebemos nestes sítios e nestes momentos.
Aqui fica o blog dele para perceberem um pouco da sua história:
www.ipponforlife-tiagoalves.blogspot.com

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O Estado da Nação!

Realizou-se mais um debate sobre o Estado da Nação, que ficou marcado pela ideia genial de Paulo Portas de se criar um Governo de coligação entre o PS o PSD e o CDS, e assim, se resolveriam todos os problemas do país. Não sei se Sócrates é a pessoa mais capaz para ocupar o lugar de Primeiro Ministro neste momento, mas Portas considerar esta a melhor opção só revela uma coisa, a sua ânsia de poder. PSD e CDS querem apenas isto, poder. Não estão interessados nos reais problemas do país e isto é preocupante.
Recordo-me de outra frase de Portas. "Os portugueses já não confiam na pessoa que levou portugal à crise em que se encontra". demagogia, isto é demagogia pura, por parte de uma pessoa responsável. O líder do CDS sabe que o Mundo enfrenta uma crise, que não estamos sozinhos nisto, que vivemos num Mundo globalizado! Portas sabe isto, mas finge não saber. Falta responsabilidade a estes políticos.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Para os heróis!

Numa noite recente, daquelas em que são três da manhã e andamos às voltas na cama, meti-me a ler uma revista masculina e num texto li a seguinte frase: "Lutar contra a morte sempre fez parte do teu destino". Não sei porque raio me apareceu esta frase num texto de uma revista masculina, mas tinha tudo a ver contigo. Contigo e com todos aqueles que são GRANDES. Não daqueles e daquelas que vivem a sua vida apenas por viver, que a felicidade deles e delas é passar a vida a olhar pra vida dos outros e a criticar, a dizer mal. Não és dessa gente miúda. És dos GRANDES. Dos que sabem o que é a vida, dos que conhecem o sabor da vitória e da derrota, dos que conhecem o sabor da verdadeira felicidade e da verdadeira tristeza, dos que sabem o que é amar e ser amado, dos que sabem bem o significado da palavra amizade (tanto que eu te invejo nisso). Hoje fazes anos. Hoje é o teu dia. Não sei qual a importância que os heróis dão ao seu dia de anos. Para mim fazer anos é bom, as pessoas com mais ou menos falsidade sentem-se bem, é um dia especial, diferente, mas para os heróis não sei como será, eventualmente é mais um dia, uma vez que, todos os dias vocês são venerados, adorados. Os verdadeiros heróis merecem. Tu és um deles. Hoje Casillas, Xavi, Alonso, Iniesta e companhia são os heróis de muita gente. Tu continuarás a ser o meu e continuarei a AMAR-TE eternamente!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Confiança!

Entregamos demasiadas vezes a nossa vida aos outros, a estranhos e desconhecidos inclusivé. Faz parte da rotina, confiamos nos outros e na segurança estabelecida pela sociedade. Viajamos dentro de aviões confiando que aquilo é seguro, metemo-nos dentro de táxis confiando a nossa vida a um desconhecido qualquer, colocamos a nossa vida nas mãos dos médicos considerando que eles são infalíveis. confiamos demasiado nos homens, nos desconhecidos e até me convenço que confiamos demasiado nos amigos, naqueles que consideramos ser nossos amigos, embora não o tenham provado ainda!Somos demasiados inocentes, inconscientes e irresponsáveis. entregamos muito levianamente o mais precioso que temos nas mãos dos outros. Eu sei que são condicionantes da vida. Que não podemos passar sem médicos, que precisamos de andar de transportes públicos ou apanhar boleia com familiares ou amigos.
Há quem confie nos Políticos. Cada vez menos pessoas, acho, mas eu próprio ainda gosto de confiar neles. Agora eu sou um deles e gostava que as pessoas confiassem em mim. Há quem confie, outros que não. O normal. Confesso que isso não me preocupa muito. só quero que aqueles que confiam que acreditem que faço o meu melhor em tudo. Erro. Muito. faço asneiras. Frequentemente. Mas faço sobretudo aquilo que acho melhor em cada momento. Peço desculpas pelos meus erros, pelas minhas falhas, como presidente, como amigo, como familiar..

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Os costumes!

Em Espanha, discute-se por estes dias, a proibição do uso da burka em espaços públicos. Tenho um profundo respeito pela liberdade individual de cada um e se alguém quiser andar de cabelo pintado de vermelho, ou andar todo roto na rua, a mim não me incomoda nada, logo, o uso da burka não me deveria também incomodar, cada um usa o que bem entender. Mas parece-me que neste caso não é bem assim. Quantas mulheres usam a burka por vontade própria? Quem quer andar de cara e corpo tapado, reduzindo a pessoa a um traje?
A burka reduz a liberdade de uma pessoa, a vontade. Eu respeito a liberdade de cada um se vestir como quer, mas dou muito mais valor ao respeito pela liberdade individual. Não acredito que o uso da burka se faça por vontade própria, logo se vivemos na europa, onde a maioria dos países respeita os direitos humanos, como o direito a um rosto. Proíba-se, portanto.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Caminhando..

Sentimos muitas vezes necessidade da fuga. daquela fuga do dia-a-dia, da realidade concreta. Necessitamos de sonhar, de acreditar que podemos chegar às estrelas, de fazer valer o nosso real valor, de alcançar algo que nos realize, que nos dê pica, que nos retire do marasmo. Começa a chegar a altura de tomar decisões duras, difíceis, mas necessárias, decisões estranhas, mas que nos valorizam!
Está na hora de mudar tudo. Depoiis de 15 horas enfiado na cama a ressacar de uma conversa dura, acredito que não se pode continuar na mesma!
é necessário incutir um novo ritmo, uma nova forma de estar, implementar novos objectivos. É a hora certa! Ainda é possível chegar às estrelas, ou pelo menos às nuvens, é preciso é sonhar!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O fim...

Gosto de cemitérios. De ir a cemitérios. De estar sozinho num cemitério. Faço-o frequentemente. Hoje foi um desses dias. Tive que ir fazer um trabalho ao cemitério, numa pausa de descanso, sentei-me numa campa e pensei o quão efémera é a vida. Sim, todos pensamos nisso e todos temos consciência disso, mas porra depois morre-nos alguém querido, alguém que não precisa de ser da nossa família, do nosso grupo de amigos, basta ser alguém de quem nós gostemos, com quem temos prazer em conversar e ainda por cima morre alguém de quem não nos despedimos decentemente! Hoje levei com a morte! "E bateu-me mal, assim de uma forma estranha – não foi dor, como acontece quando me morrem pessoas próximas; não foi sensação de vazio, nada semelhante. Foi uma espécie de empurrão ao mesmo tempo pelas costas e pela frente. Dado à velocidade da luz - que nem saí do mesmo sítio. Tipo acorda pá, qualquer dia és tu".
E quando for eu. será que falta muito? o que me falta fazer? o que ainda conseguirei fazer? Não sei. vou aproveitando, vivendo, tornar-me melhor pessoa, até que ela me venha bater à porta. E sabem, vivo bem com isso.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Um pouco de ti..

Durante algum tempo, dedicava um pouco da minha disponibilidade, cerca de uma hora diária, para ir ao centro de dia da minha terra, para estar com os idosos. Fazia-o, perdia esse tempo, mas tinha a minha vida normal, fazia tudo na mesma. Depois de uma ausência na minha terra por motivos profissionais, deixei de ir lá, desabituei-me, mas ponho-me a pensar e tipo, tanto tempo que gasto na Internet, tanto tempo a dormir, tanto tempo em cafés em conversas desnecessárias e porra, tão ali aquelas pessoas só à espera de um beijo e de um carinho. A mim não me custa nada e certamente que me voltarei a sentir uma pessoa útil.
Todos nós precisamos dos outros, mas há também tanta gente à tua espera para serem mais felizes.

sábado, 5 de junho de 2010

Políticos a sério!

É assim que se vê quem são os grandes políticos. Aqueles que colocam os interesses dos outros à frente dos seus. Rui Tavares demonstra-o, como se pode ver aqui.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A dificuldade de lidar com o cancro!

Já várias vezes pensei escrever sobre este tema, mas provavelmente eu também não estarei preparado para lidar e falar sobre o cancro. É bem mais fácil escrever do que dizer a palavra Cancro. Não gosto de dizer que o meu irmão tem cancro. É uma palavra muito pesada, carregada de dor, de sofrimento, de morte. Mas não arranjo forma de a contornar, posso dizer que tem um tumor, um nódulo cancerígeno, whatever, a dor, o sofrimento continuam lá.
Escrevo este texto, porque ontem estavam a falar sobre o cancro num qualquer telejornal e os números, que apesar de serem bastante mais animadores do que há cinco ou 10 anos, continuam a preocupar e o meu pai, talvez acompanhado do álcool revoltou-se com aquela notícia, uma vez que, quando temos alguém com esta doença, custa pensar que ainda há gente que morre de cancro. Custa, mas temos de enfrentá-lo. E se o queremos enfrentar, temos que tratar os bois pelos nomes. Uma forma de ajudar a vencer o adversário é conhece-lo bem. E não podemos continuar a pensar que o cancro não existe, que é algo dos outros. Não é assim, e a Comunicação Social começa a dar os primeiros passos nesse sentido e deixa de dizer que X ou Y morreram devido a doença prolongada. a realidade é dura e pesada, mas não a podemos esconder.
Peço desculpa a quem este texto possa magoar!

Alegremente votarei Nobre!

Como era esperado, embora não fosse desejado, o PS decidiu apoiar a candidatura presidencial de Manuel Alegre.
O candidato poeta que há cinco anos decidiu "afrontar" a candidatura socislista encabeçada pelo seu "amigo" Soares, que durante a anterior legislatura votou várias vezes contra a posição do partido pelo qual foi eleito e que ameaçou fundar um partido para fazer frente ao Partido de que agora se orgulha de ter fundado, conseguiu que sócrates lhe declarasse o seu apoio.
Sócrates seguiu o caminho mais fácil, não quis enfrentar a ala mais à Esquerda do PS e não se preocupou em analisar se eventualmente não haveria melhor opções dentro do seu partido. Lembro-me de repente de FErro Rodrigues e de Maria de Belém, que seriam certamente uns excelentes candidatos. Alegre vai enfrentar Cavaco e Fernando Nobre e acredito que isto levará a uma segunda volta, até porque Cavaco já não tem a popularidade de que dispunha há cinco anos. Casos como o das escutas e até a promulgação do casamento homossexual, levaram-no a perder popularidade nas suas hostes, mas Cavaco voltará a ser eleito, por falta de alternativas e alegre perceberá finalmente que não merecia aquele lugar, não fez nada para o perceber. Daqui a cinco anos voltaremos a ter eleições e aí, espero não estar enganado, a Esquerda só pode apresentar uma pessoa, António Guterres, e aí não me restam dúvidas em relação ao vencedor, venha quem vier.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

RAP (1)

Um dos principais problemas das férias - não o menos grave - é que o nosso contacto com empregados de café tende a aumentar. Há mais tempo de permanência em esplanadas, e o convívio com aquele tipo de profissional pode causar danos irreversíveis na nossa auto-estima. Em primeiro lugar, faz falta um estudo sério que distinga os empregados de café quanto à sua ideologia.
Basicamente, há quatro grandes tipos de empregado de café.
Há o autoritário platónico, que grita para dentro da cozinha ordens como "Quero uma imperial!" ou "Quero uma tosta mista!" Aquele "quero" assusta pelo que tem de exigência ríspida, mas enternece pelo modo como toma para si os desejos do cliente. Na relaidade, somos nós que desejamos a tosta mista, mas este empregado é o nosso ponta de lança na cozinha. E está a dizer-nos que vai disputar a nossa tosta ao cozinheiro com o mesmo empenho que teria se fosse ele a desejá-la. Trata-se porém de um desejo platónico, porque o empregado sabe que, embora deseje a tosta mista com a mesma intensidade que o cliente, quem acaba por comê-la somos nós. Vejam como há mais drama nisto do que parece à primeira vista. Estou convencido de que , se Shakespeare fosse vivo hoje, todas as suas tragédias se passariam em snack-bares.
Há, também, o empregado pueril. É o que exclama "dá uma bifana" ou "dá molotov!" A doçura inocente da ordem é tal que não podemos deixar de pensar que se trata de uma versão abreviada de "dá uma bifana ao bebé" ou "dá molotov ao menino". E isso também enternece, evidentemente.
Há ainda o empregado voyeur. Este dirige-se ao pessoal da cozinha bradando "Olha o bitoque!" ou "olha a meia de leite". É no fundo um homem que contempla. Pousa o olhar sobre um prato de tremoços como alberto caeiro pousava sobre os rios e sobre as flores - só que com mais poesia.
E há, finalmente, o empregado escapista. É aquele que transforma os nossos pedidos em ordens do tipo "Sai uma sandes de carne assada!" Este empregado está interessado apenas na saída do nosso pedido, para que ele se presentifique o mais rapidamente possível à nossa frente.
Perante isto, é inevitável que o cliente sinta que não merece ser servido por empregados que denotam este nível de abnegação. Mas não é só na dedicação à causa que nos sentimos inferiorizados perante estes profissionais. Há toda uma superioridade linguística que também achincalha. Na maior parte dos casos, os empregados de café corrigem subtilmente o fraseado dos nossos pedidos.
Eu: Quero um café?
Ele: Deseja uma bica?
Repare-se que, na minha frase, nem uma palavra se aproveita. É impossível não sentir embaraço por termos dito que queríamos um café, quando, na verdade, o que se passa é que desejamos uma bica. Ou o Verão acaba depressa ou vou precisar de terapia.

RAP

Quando me deito, antes de dormir, sempre, mas mesmo sempre, tenho que ler uma crónica do Ricardo Araújo Pereira, que são publicadas na revista Visão, e que estão compiladas em dois livros, As Crónicas da Boca do Inferno. São fantásticas, simplesmente fantásticas.
Da mesma forma que gosto de dar aos meus amigos o livro "O Principezinho", do mesmo modo que coloco no Facebook imensas músicas do Jorge Palma, ou que aconselho os meus amigos a ver o Beleza Americana ou o I Am Sam, pelo simples facto de querer que as pessoas de que gosto conheçam o que me ajudou a crescer, a evoluir, para que cresçam também, deste modo, quero começar a partilhar algo que me deixa extremamente feliz, as Crónicas da Boca do Inferno.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Texto que gostaria de ter escrito (8)

O texto de Rui Herbon, publicado no Jugular, mostra como a maioria das vezes fazemos juízos levianos sobre o Rendimento Social de Inserção. É claro, que como ele refere, há fraude, mas provavelmente a questão não é tão grave quanto nós a pintamos.


"Parece que afinal só 23% dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) são empregáveis. O resto desses chulos, calaceiros e outras coisas que tais – na interpretação adjectiva das medidas que PSD e CDS-PP sobre eles pretendem fazer recair –, são velhos, crianças, pessoas com handicaps. Além disso, cada beneficiário recebe em média 89 euros por mês, e em 31% dos casos o RSI é um complemento a ordenados muito baixos para o agregado familiar. Madraços, pois.

É evidente que há casos de fraude. Como os há nas baixas médicas, mas ainda não vi ninguém propor a sua extinção nem lançar um estigma sobre todos os trabalhadores impedidos de exercer a sua actividade por motivo de doença. E há uma fraude muito maior: a fuga aos impostos, que nos países ditos civilizados se situa em cerca de 10% do PIB e que em Portugal andará pelos 20. Estranhamente não vejo Passos Coelho e Paulo Portas empenhados no combate dessa, sim, fraude de proporções gigantescas, em muitos casos praticada por quem mais tem. E por isso essa sua cruzada conjunta contra a prestação social que protege os mais pobres e fracos, que não tira muitos dos nossos concidadãos da pobreza mas que ainda assim os livra da miséria, é um verdadeiro nojo."

domingo, 23 de maio de 2010

Ó Gente da Minha Terra (6)

Quando decidi criar esta "rúbrica", era com o objectivo de falar sobre pessoas da minha terra. Neste caso vai ser um pouco diferente, vou falar de alguém que é descendente de uma família da minha Freguesia, não da minha terra, mas sim do Casal.
Falo com ele há cerca de um ano, embora o conheça desde os tempos da antiga Escola Preparatória, até porque a sua figura é incontornável. São cerca de 125 kg distribuídos por quase dois metros. Muitas pessoas já saberão que estou a falar do Ricardo Murteira, outros não fazem ideia de quem é o Ricardo, mas é também por isso que eu decidi escrever este texto. O Murteira é amigo do meu irmão, e foi a partir dele que comecei a ter um contacto mais próximo com ele.
Falar do Murteira é falar sobretudo de amizade, de entrega, de dedicação. Falar do Murteira é falar de pureza de sentimentos, de sinceridade, de união e de humildade.
Falar com o ricardo é entrar numa aula de filosofia ou de moral. Aprendemos muito. Apesar de não ter um curso superior, a escola da vida já lhe ensinou bastante e é o nosso professor. Frases como "os amigos são o melhor do Mundo", "temos é que aproveitar a vida" são recorrentes nas suas conversas. Quer é paz, união.. Ser amigo do ricardo é sentirmo-nos protegidos, tanto fisicamente, pelo seu tamanho, como psicologicamente, é ter uma boa frase, é ter um abraço, é ter um apoio..
Obrigado ricardo!

P.S. das pessoas a quem dediquei esta rúbrica, és dos poucos que consegue ler isto, por isso, espero que não te importes!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Texto que gostaria de ter escrito (7)

Fui roubar este texto, que é da autoria do Rogério da Costa Pereira, ao blog Jugular. Não sei se o fim das raças perigosas será a solução, mas que é necessário tomar medidas, disso não tenho dúvidas.

«Um cão de raça rottweiler atacou, ontem, quinta-feira, em Serzedelo, Guimarães, uma menina de um ano, a avó, de 58, e uma tia, de 48, provocando graves lesões à criança, na cabeça e face, e ferimentos ligeiros às duas adultas. O cão é propriedade do pai da criança.» (JN).

Levar à extinção a merda das maquinas de morte, que aquilo não são cães, seria uma boa ideia. E não me venham com a história de que os bichos são mansos, que são o reflexo dos donos. Isso é coisa que me interessa pouco. Temos um problema - grave - e há que acabar com ele.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Romance com quatro linhas!

As medidas justas onde meter o mundo são os 16X24 cm de um livro. O invólucro seguinte capaz de tanto tem 110X75 m, o tamanho de um campo de futebol. Um ganês emigrou para a Alemanha, casou-se com uma berlinense e teve dois filhos: Keving-Prince e Jérôme Boateng. O avô materno dos miúdos Boateng foi Helmut Rahn, o do golo da vitória alemã (3-2), na final do Mundial de 1954 contra a melhor equipa de sempre, a húngara, de Puskas. Um filme, O Casamento de Maria Braun, de Fassbinder, chama a esse golo o renascer da Alemanha. Os Boateng foram para o futebol, claro. Em 2006, Keving-Prince foi considerado como o melhor jogador jovem da Alemanha. Era médio, e o lugar do capitão Ballack estava-lhe reservado. Mas foi Jérôme que chegou à selecção alemã (vai ao Mundial). Keving-Prince, achando-se tapado por Ballack, preferiu ser ganês e também vai ao Mundial pelo país africano. No sábado, na final da Taça de Inglaterra, Keving- -Prince e Ballack encontraram-se como adversários. O ganês partiu o joelho de Ballack e acabou-lhe com a carreira internacional. Os alemães dizem que foi intencional. O seleccionador teve de salvar Jérôme dos salpicos: "Este Boateng é dos nossos!" Gana e Alemanha estão no mesmo grupo do Mundial. Os dois irmãos Boateng vão defrontar-se, com o fantasma de um joelho, pairando.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Cavaco e o casamento gay!

O acesso ao casamento civil alargou-se às pessoas que gostam de alguém do mesmo sexo. Não tinha dúvidas de que isso fosse acontecer, mais cedo ou mais tarde e congratulo-me por, desta forma, viver numa sociedade mais decente.
Mas a declaração de Cavaco foi absolutamente patética. Basicamente o senhor acha que os homossexuais tiveram uma grande sorte porque estamos em período de crise e tal e então vamos lá despachar isto para não se perder muito tempo.
É conhecida a minha opinião sobre Cavaco Silva. Merece-me o maior respeito enquanto pessoa, agora enquanto político é demasiado triste.

"Os grandes políticos lutam, até à exaustão das suas forças, por aquilo em que acreditam. Os outros, gerem calculismos".

Esta frase demonstra aquilo que Cavaco é enquanto político, um calculista. As eleições presidenciais estão próximas e é necessário fidelizar eleitorado e piscar o olho ao da Esquerda. A declaração de Cavaco foi, unicamente, política. Desistiu daquilo em que acredita em prol do seu futuro político.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A Coerência do PSD!

Se puderem vejam este vídeo a partir do minuto 32. Demonstra a coerência que existe dentro do PSD. Era bom que vissem, caso não vos apeteça, eu passo a explicar. Miguel Frasquilho é um deputado do PSD especialista em assuntos económicos, ao mesmo tempo que acumula as funções de quadro superior do BES. Enquanto deputado conhecemos as posições de Miguel Frasquilho, enquanto membro do BES sabem quais são? Miguel Frasquilho assinou um relatório, na semana passada, que refere que "Portugal tem grande credibilidade em termos de redução do défice, Portugal foi um dos primeiros países a sair da recessão e com crescimento mais alto da UE e que o aumento do Spread é estritamente especulativo". Miguel Frasquilho foi desmascarado pelo João Galamba, deputado do PS, ao que Frasquilho responde afirmando que "o João Galamba como não tem argumentos para se defender usa o ataque baixo". Relembrar que o João Galamba usa os argumentos defendidos pelo reltório do BES assinado pelo deputado Miguel Frasquilho. O deputado social democrata refere que o relatório serviu apenas para dar uma boa imagem de Portugal lá fora, ou seja, estamos perante um economista cheio de boa vontade, mas mentiroso. Na minha opinião isto serve é para arruinar ainda mais a imagem de portugal e a credibilidade do deputado, se é que ele ainda a tinha. Vejam como o Dr. Frasquilho mete os pés pelas mãos.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

A professora que apareceu na Playboy!

Muitas vezes não sei se sou eu que tenho uma mente demasiadamente aberta, ou se é o país que parece que nunca passou da dácada de 70!
Sei apenas que se chama Bruna, era professora de música num agrupamento de escolas do Concelho de Mirandela e foi suspensa das suas funções por ter posado para a Playboy. É isso mesmo. A senhora, decidiu fazer uma sessão fotográfica, em que posava ao lado de outra rapariga, e acabou por ver suspensa a sua ligação ao agrupamento de escolas. Se a senhora não cumprisse bem as suas funções enquanto professora, eu poderia compreender a decisão da Câmara mirandelense, agora por ter posado para uma revista masculina? conseguem explicar-me a relação que pode existir? Digam-me se sou eu que estou mal ou se são os senhores que estão errados?

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Aquilo que parece não interessar!

"A economia portuguesa cresceu no primeiro trimestre uns surpreendentes 1%, o que faz de Portugal o país com o crescimento mais forte em cadeia quer da Zona Euro, quer da União Europeia, quer mesmo do mundo desenvolvido."

Alguém deu por esta notícia, que é extremamente positiva para a Economia portuguesa? Não. eu sei que esta notícia não interessa aos que defendem que a Comunicação Social é manipulada pelo poder político, eu vou ao site do correio da manhã e não aparece nenhuma referência a esta notícia, o Público remete esta notícia para o fim do site, assim como o DN. Enfim, está explicada esta manipulação e percebe-se que a comunicação Social não são mais que uns profetas da desgraça. Se fosse um decréscimo, uma quebra, uma recessão eu imagino os especiais que já tinham sido feitos. É a nossa cultura!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Sua Santidade!

Chegou hoje a Portugal o Papa Bento XVI, para uma visita de quatro dias (julgo) ao nosso país. Bento XVI é líder da Igreja Católica e é o chefe de Estado do Vaticano, o mais pequeno Estado do Mundo.
As entidades oficiais portugueses têm o direito de receber Bento XVI com toda a pompa e circunstância, assim como faz, com os demais líderes de países. Sou Católico e fico grato pela sua vinda, mas parar um país, pela visita de um líder religioso, embora seja o líder da religião que mais se pratica em Portugal, não se justifica. Portugal tem uma Constituição, que define o nosso país como Laico, ou seja, não há uma religião oficial, ao contrário do que acontecia antes de 25 de abril de 1974. Dalai Lama, líder budista, esteve em Portugal e o país não parou, se viesse o líder Islâmico, duvido que o país também não parava e em Portugal também existe pessoas que praticam estas religiões. É uma questão de seriedade, de verdade e de respeito pela Constituição que nos rege. Pena ser os "grandes" que não a respeitam.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sou do Benfica e isso me envaidece!!

Esta vai ser uma semana de loucura em Portugal. O Benfica tornou-se ontem, passados cinco anos, campeão nacional de futebol. Nestes dias, todos os benfiquistas irão dizer que a partir de agora nos iremos tornar constantemente campeões nacionais, que somos os maiores, entre outras coisas. Fomos sem sombra de dúvida a melhor equipa. Praticamos o futebol mais bonito, mais atacante, mais regular. Temos jogadores de nível superior. David Luiz, Luisão, Maxi, Javi, Ramires, Aimar, Di Maria, Saviola e Cardozo poderiam equipar em algumas equipas de Top europeu, sem dúvida. Mas temos sobretudo, aquilo que cada vez mais se torna decisivo no futebol moderno, um treinador que sabe jogar com o factor psicológico. Jorge Jesus pode perceber muito de tácticas, não duvido, mas Jorge Jesus sabe motivar uma equipa, e isso meus amigos, é tão ou mais importante que qualquer táctica. EStamos de parabéns.. Espero que para o ano possamos festejar de novo, mas sobretudo que esse título seja merecido, como foi o deste ano.

Não posso deixar de falar de Frederico Gil, o primeiro tenista português a alcançar uma final do Estoril Open. São feitos que nos passam ao lado, mas que são fruto de um longo trabalho, que não podem ser ignorados.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

RICARDO RODRIGUES E OS GRAVADORES

O vice da bancada parlamentar socialista, Ricardo Rodrigues, tem andado nas bocas do mundo por ter abandonado uma entrevista e ter levado consigo os gravadores dos jornalistas. Apesar de ser uma atitude lícita, como se pode provar pelo artº336º do Código Civil, onde se refere que "É lícito o recurso à força com o fim de realizar ou assegurar o próprio direito, quando a acção directa for indispensável, pela impossibilidade de recorrer em tempo útil aos meios coercivos normais, para evitar a inutilização prática desse direito, contanto que o agente não exceda o que for necessário para evitar o prejuízo". No mesmo artigo refere-se que a acção directa pode consistir "na apropriação, destruição ou deterioração de uma coisa, na eliminação da resistência irregularmente oposta ao exercício do direito, ou noutro acto análogo." Contudo, esta não deixa de ser uma atitude incorrecta por parte de um membro de um partido que se diz plural e defensor das liberdades.
As questões até poderiam ser ofensivas, não discuto, mas os entrevistados respondem apenas ao que querem e roubar gravadores não fica bem. Ricardo Rodrigues poderia apenas levantar-se e desprezar os entrevistados. Seria também uma possibilidade de demonstrar o desprezo por um tipo de jornalismo que tem feito escola em Portugal, infelizmente!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

......

Há quem a queira por opção e há quem se veja obrigado a viver com ela. Podemos passar bons momentos em solidão, ou podemo-nos sentir as piores pessoas do Mundo, quando nos vemos forçados a viver com ela. Eu, com a solidão, provo um pouco destas duas sensações. Adoro a liberdade, não ter que dar explicações a ninguém, fazer o que quero, quando quero, onde quero. Adoro viajar sozinho, falar sozinho, viver sozinho. Fazer disto vida é que não é comigo. Preciso também de muita gente por perto, dos grandes amigos, das grandes noitadas, das grandes partilhas.. E gosto muito desta música. Grande Jorge! Tentem ouvir, por favor!

domingo, 2 de maio de 2010

Até aos meus 13 ou 14 anos rezava todos os dias, quando acordava e quando me deitava. REcordo-me que era sempre a mesma coisa. rezava as orações e depois fazia sempre os mesmos pedidos. Desde a paz, à saúde, a protecção das catástrofes naturais, a salvação dos familiares mortos e depois tinha um curioso, pedia a imortalidade para mim e para as pessoas que mais gostava, mãe e irmão, sinceramente ainda me custa acreditar que um dia me tenha que separar destas pessoas, mesmo que seja perto dos 100 anos.
E tu foste, és e serás sempre das pessoas mais importantes da minha vida, independentemente das voltas que a vida der, independentemente dos desgostos que eu te der, mesmo que não consigamos manter a força desta nossa relação até aos últimos dia da nossa vida.
Dizes frequentemente que não sabes como ainda tens cara de gente, percebo o que queres dizer. Também eu não percebo, como é que ainda não caíste numa cama com uma depressão, com um esgotamento, também eu não entendo como ainda não caíste numa cadeira de rodas, sabendo eu o que trabalhas, o que te esforças, conhecendo eu bem a vida que levas, o sofrimento que carregas, a angústia que te consome e as rugas que te preenchem.
És uma força da Natureza. Lutas, esforças-te, acreditas, não desistes. Preocupas-te, sofres, castigas-te. És também muito chata e por vezes inconveniente, lidas mal com a mudança, com a troca, és demasiadamente orgulhosa. Tens um feitio complicado quando queres, mas um coração ainda maior.. e podia continuar aqui com muito mais coisas, com muitos elogios e críticas, não vale a pena. Gosto de ti, quer dizer, amo-te, tu sabes, embora nunca te o tenha dito..

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Esta necessidade inexplicável...

...de amigos, de novidade, de festa, de amor, de conversas, de partilha, de amigos, de compreeensão, de fuga, de solidão, de mundo, de vida, de vida, de vida, de chão, de auto-estima, de coragem, de felicidade, de escrita, de abraços, de abraços, de abraços, de amigos..

Faz de conta que escrevi isto no Domingo!

Se há coisa da qual tenho pena é do facto de não ser vivo no dia 25 de Abril de 1974. Não o vivi, mas sinto-o todos os dias, quando posso dizer o que quero, quando posso fazer o que quero, quando não fui obrigado a ter que ir à tropa, quando vejo que os direitos das minorias lhes são consagrados, quando vejo que estamos numa realidade melhor, do que a que se vivia antes do 25/4.
O 25 de Abril continua a fazer-se todos os dias. Todos temos essa obrigação de o continuar a fazer e de acreditar nele e quando me dizem que antes é que era bom, eu não acredito. Apesar de todas as fragilidades da Democracia, é sem dúvida o melhor dos sistemas!

domingo, 25 de abril de 2010

Mística!

Nunca assisti a nenhum jogo no Alvalade XXI, nem no Estádio do Dragão, não imagino como seja o ambiente, a festa, a loucura. Sei como é na Luz e não querendo ser arrogante, penso que não deve haver loucura igual em Portugal.
A festa para mim não se restringe ao recinto desportivo, começa antes, bem antes.. Começa logo na A1, com cachecóis presos em janelas dos carros, as buzinas, os autocarros carregados de benfiquistas, carregados de gente que não se preocupa de fazer 500km e de chegar a casa já de manhã para ver a sua equipa, para participar na festa. O Benfica chama-lhe mística e enquanto estou a escrever este texto, não consigo exprimir este sentimento. Não consigo exprimir por palavras o que é estar 65 mil pessoas a gritar, a saltar, com os cachecóis ao alto. Não consigo explicar verbalmente aquilo que sinto, sempre com as lágrimas nos olhos, quando ouço antes do jogo, o hino do benfica. Não consigo explicar o que é ouvir miúdos a gritar "Vitória vem" e quando se vê a Águia a sobrevoar o Estádio deixando a multidão ao rubro. Não consigo explicar nada, só sei o que sinto. Continuo sem saber se os adeptos de outros clubes também sentem o que os benfiquistas sentem quando vão ao seu estádio, mas sinceramente gostava que sentissem. Carrega Benfica!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Bons momentos!

Hoje fui entregar metade do que recebo enquanto Presidente a uma família com menos possibilidades, o que faço todos os meses, e digo-vos uma coisa, há abraços sinceros e que têm muito valor.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

TEXTO PARA MIM! (adaptação da crónica publicada por José Luís Peixoto na revista Visão)

Valter,
lembra-te que há no Mundo milhares de crianças com fome, milhares de crianças no Mundo que não sabem escrever, nem ler, porque desde pequenos tiveram que saber o que custa a vida com o suor do seu corpo, com a força dos seus braços, crianças que são escravas, miúdos que por terem a oportunidade de comer aquilo que rejeitas se sentem reis.
Não te esqueças que existem milhares de velhos (gosto da palavra velho) abandonados, entregues ao seu próprio destino, velhos que apenas a esperam a sua hora, velhos que foram pais e que amaram os seus filhos, filhos esses que não reconhecem quem os pariu ou criou, velhos que já não se recordam do valor de um carinho, de um gesto.
Não te esqueças Valter, de todos aqueles pais que sofrem pelos seus filhos, pais que não têm dinheiro para assegurar os "cuidados mínimos" de uma criança, pais que sofrem por ver os seus filhos enfiados na cama de um hospital, ou perdidos nas noites atrás de fios de droga. Lembra-te Valter, de todos os pais a quem a vida não faz sentido algum, uma vez que, perderam aquilo que tinham de mais valioso, os seus filhos, pais que perderam o norte, que perderam o chão.
E os sem abrigo valter, não os ignores, aqueles que vivem à sua sorte, sem um tecto, sem uma família, olhados de lado, estigmatizados, não te esqueças deles. Recorda-te que eles não têm mesmo ninguém, socorrem-se de caixotes do lixo, socorrem-se daquilo que tu não queres, das sobras dos jantares de gente milionária em restaurantes de luxo.
É importante não te esqueceres disto, Valter, sobretudo quando andas chateado com pequenas merdas da vida, quando te sentes inútil, incompetente, quando não percebes que se calhar não és tão forte quanto pensas. Lembra-te Valter, e se quiseres recorda também isto aos teus amigos. Sabes Valter, eu já aprendi isto.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Para pessoas que se esquecem de viver a vida, esquecendo-se que ela é única!

Inês Pedrosa, jornalista e escritora, começava uma crónica sua, publicada no Expresso, afirmando que "A felicidade tem mau marketing porque exige coragem". Concordo. Para se ser feliz temos que tomar decisões complicadas. fazer escolhas difíceis e temos muitas vezes que esquecer que existe um Mundo lá fora que nos critíca ferozmente por cada decisão nossa.
Tive alturas cá em casa, que ainda acontecem, em que as discussões eram constantes, tenho vizinhas que dizem que sofreram toda a vida nas mãos dos maridos - continuam casadas - e por esse Mundo fora é o que mais acontece. Pergunto-lhes porque nunca se divorciaram, porque nunca disseram basta e procuraram uma vida melhor, onde se sentissem amadas, a resposta é sempre a mesma. "O casamento deve ser para sempre, não é como essa pouca vergonha, mal se casam divorciam-se logo". É esta a ideia generalizada de homens "acomodados na rotina das pantufas conjugais e dos engates ocasionais", a ideia de pessoas que não desejam as pessoas com quem dormem e que desejam pessoas com que não podem dormir, mas que não lutam pela sua felicidade.
Ser feliz dá muito trabalho, e o pior de tudo é que não depende unicamente de nós, mas somos nós que podemos tornar a nossa vida um pouco melhor.
Felicito todos aqueles que tomam decisões que lhe dificultam a vida, mas que as tornam pessoas mais felizes. Mulheres e homens que podem ser olhados de lado na rua, por gente frustrada e infeliz, mas que tiveram a coragem de perceber que a vida é para ser vivida, não é para ser sofrida!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O Mundo!

Uma pessoa vê um Telejornal, lê um diário, houve um noticiário e cada vez mais se apercebe que o "Mundo está louco". Terramotos, tornados, Tsunamis, tempestades...
A Sic Notícias tem uma publicidade em que aparece a frase, que julgo ser do Oscar Wilde, "Deus ao criar o homem sobrestimou a sua capacidade".
É uma grande verdade. O homem está a destruir o Mundo e não se preocupa com as consequências que daí podem resultar. A Natureza revolta-se e nós continuaremos a ser presenteados com estes fenómenos. Cuidado!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Amigos...

Os amigos são a família que escolhemos. Não nos une o sangue composto por leucócitos, eritrócitos e não sei que mais, mas por valores, por gostos, por ideias, ideologias, lutas, formas de estar na vida. Há quem tenha apenas um, há quem tenha cinco, outros 10 ou mais. Eu não sei quantos tenho. Tenho muitos, mas ao mesmo tempo tão poucos. Olho para os outros e parece que é normal se fixar num único grupo e fomentar aí verdadeiras amizades. Eu posso sair à sexta com os amigos de infância, ao sábado com os amigos que conhecemos recentemente, ao domingo podia ir beber café com os amigos da Faculdade e ainda jantar com algum amigo do secundário. Integramos um grupo porque gostamos de uma única pessoa que lá está, depois tornamo-nos amigos dos amigos e assim sucessivamente, mas no meio de tanta gente serão todos amigos? Amigos no verdadeiro sentido da palavra? Não, isso não. Mas também vos digo que os verdadeiros amigos são aqueles a quem conseguimos partilhar uma vida, a nossa vida e para isso não são necessários anos de convivência, basta haver os mesmos valores, ideias e formas de estar na vida. Obrigado aos meus!

domingo, 11 de abril de 2010

Texto que gostaria de ter escrito (6)

Quero deixar-vos este texto belíssimo da Isabel Moreira, que fui retirar ao blog Jugular. É algo que eu sinto profundamente, embora nunca conseguisse expressar desta forma. Gostava que lessem o texto na sua totalidade, mas deixo-vos apenas um pequeno excerto. espero que vos abra o apetite!

"Cada um tem ou teve a vida que lhe calha, mas há muita coisa que é retirada da força das memórias familiares. A família, quando é coesa, e para mais numerosa, faz da nossa infância um “lugar”, uma ilha de afectos sem diferenças. Não se sente qualquer prisão, e ainda bem que não, uma criança nasce a escutar, só mais tarde lhe dá para ditar, e quando percorre os primeiros passos, se tem a sorte de encontrar todos os dias um colo, um beijo, a sua estrutura, essa ilha, o seu lugar onde não há divergências nem lutas, pensa que a vida será sempre assim, pelo menos com aquela gente, que funciona como uma extensão do seu corpo.

É quase religioso: na verdade, as palavras “mãe”, “pai”, irmão”, “irmã”, “primos”, “tios”, “avós”, estão carregadas não só de sangue, como de uma cultura cristã, não só de amor como de obediência, de temor reverencial e de tipos de exemplo a seguir.

Na infância, vive-se a olhar o mundo a partir de uma varanda, de costas voltadas para a nossa casa, e as diferenças, os problemas, os pecados, as mentiras, as desilusões, as promiscuidades vêm-se lá em baixo, na rua, fora da nossa família.

Há um dia em que nos viramos de costas e descobrimos que a rua lá em baixo também é habitada pelas pessoas da nossa casa. A nossa família não é perfeita, e nesse dia começamos a crescer e descobrimos, também, que crescer dói.

Crescer é como amar, dói, ou não seria crescer."

domingo, 4 de abril de 2010

Ó Gente da Minha Terra (5)

Já há algum tempo que não coloco nenhum "Gente da minha Terra". Pensei em escrever quando entrei no comboio e liguei o PC. perguntei ao Igor sobre quem deveria escrever, ele disse que eu é que tinha que decidir, passado uns minutos ele adormeceu e agora escrevo este "Gente da minha Terra" para ele.
Fazemos mais uma viagem para mais uma luta. Tantas batalhas que ele já travou e não sabemos mas quantas ainda terá que travar. Sabemos apenas uma coisa, quem será o vencedor final.
quem me conhece sabe que não amadureço aquilo que vou escrever. Decido na hora. Este é mais um caso, mas neste caso é bem mais fácil, uma vez que, há tanta coisa para dizer.
Poderia começar pela nossa infância, os nossos sofrimentos, as nossas angústias, as nossas alegrias, as nossas lutas de wrestling em cima da cama ddos pais e os gritos da mãe a ralhar, as futeboladas na Fanca até de noite, as noites de Verão e as saídas às sextas feiras até à meia noite que nos faziam acreditar que já seríamos respeitados com apenas 10 anos.
podia falar de quando parti os matraquilhos da nossa infância porque ganhavas sempre, de quando te perdeste no estádio da Luz com apenas quatro anos ou dos olhares cúmplices acompanhados de silêncio que faziam o outro entender o que se devia ou não ocultar dos pais.
Podia falar da nossa juventude e da nossa maioridade, podia falar de quando te perguntei se me deveria ou não candidatar e que me respondeste que na minha posição não o fazia, mas que me irias apoiar qualquer que fosse a posição que eu tomasse, podia falar de quereres estar ali presente na secção de voto até saber os resultados eleitorais, quando toda a gente previa que a minha candidaturea fosse esmagada e vos pedi que ficassem em casa para não assistirem à minha humilhação pública no momento dos resultados. Tu não. Ficaste ali para o que desse e viesse. Estiveste sempre lá. podia falar de tanta e tanta coisa, mas não falo de nada. Sabes porquê? Porque não há palavras, frases, teextos que possam mostrar aquilo que vales. sofremos muito juntos, mas não queria outro irmão que não o Igor! continuas a dormir. Não te direi que escrevi isto, serás tu a descobrir, provavelmente quando já estiveres deitado numa cama de hospital a lutar. Sempre na luta!
Amo-te com todas as minhas forças!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Esquerda Vs Direita

Gostava muito do falecido professor Jorge Ferreira, sobretudo das discussões ideológicas que tinha com ele. Lembro-me da mais agressiva. O Sol ou o Expresso, não me recordo bem, tinha publicado que o Governo português ia dar casas a ex - reclusos com o objectivo de facilitar a reintegração na sociedade. Ambos radicalizámos as nossas posições e até me senti um membro do Bloco de Esquerda naquela discussão. Mas neste exemplo podemos perceber facilmente as diferenças entre ser de Esquerda ou de Direita.
Não é um tema fácil e não se pode ter uma visão maniqueísta da questão, nós, os de Esquerda, os bons e os de Direita, os maus. Depende muito da nossa educação e da nossa forma de estar na vida . há os que defendem a Segurança acima de tudo, os de Direita, e há os que põe a liberdade no topo dos seus valores, os de Esquerda. logo é fácil perceber que é o CDS a defender mais polícias para as ruas e que é a extrema Esquerda a querer abolir as câmaras de vigilâncias nas ruas das cidades. Mas é mais que isto. Politicamente a questão Esquerda/Direita centra-se muito no papel que o estado deve ter na sociedade, um Estado providência, um Estado social ou um Estado liberal.
Eu considero que se queremos uma sociedade mais justa temos que ter um Estado Social forte. Temos que dar as mesmas oportunidades a uma criança que seja filha de um casal com poucos rendimentos, para que esta possa competir no futuro com uma criança que tenha nascido no seio de uma família abastada. Temos que lhes garantir educação, saúde, apoiar a sua educação no ensino superior através de bolsas, apoiar as famílias que fazem esforços enormes para poderem poderem dar a melhor educação possível aos seus filhos. porque os ricos podem andar em escolas particulares e ter os melhores explicadores, mas os pobres não e uma sociedade justa é aquela que permite o mesmo futuro a quem vem da Brandoa ou a quem vem da Lapa.
Os temas fracturantes. quem os apoia? A Esquerda, claro. A esquerda apoia a IVG, o casamento gay, a eutanásia, porque defende sobretudo a felicidade individual de cada um e que cada um é responsável pela sua vida, desde que não coloque em causa os outros. E eu sou de esquerda por isto tudo. Muito mais poderia escrever, mas gostava de abrir um debate sobre isto e que vocês pudessem trazer os vossos pontos de vista. Gostava muito. Hoje começou Abril, o mês da Liberdade!