quarta-feira, 23 de junho de 2010

Os costumes!

Em Espanha, discute-se por estes dias, a proibição do uso da burka em espaços públicos. Tenho um profundo respeito pela liberdade individual de cada um e se alguém quiser andar de cabelo pintado de vermelho, ou andar todo roto na rua, a mim não me incomoda nada, logo, o uso da burka não me deveria também incomodar, cada um usa o que bem entender. Mas parece-me que neste caso não é bem assim. Quantas mulheres usam a burka por vontade própria? Quem quer andar de cara e corpo tapado, reduzindo a pessoa a um traje?
A burka reduz a liberdade de uma pessoa, a vontade. Eu respeito a liberdade de cada um se vestir como quer, mas dou muito mais valor ao respeito pela liberdade individual. Não acredito que o uso da burka se faça por vontade própria, logo se vivemos na europa, onde a maioria dos países respeita os direitos humanos, como o direito a um rosto. Proíba-se, portanto.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Caminhando..

Sentimos muitas vezes necessidade da fuga. daquela fuga do dia-a-dia, da realidade concreta. Necessitamos de sonhar, de acreditar que podemos chegar às estrelas, de fazer valer o nosso real valor, de alcançar algo que nos realize, que nos dê pica, que nos retire do marasmo. Começa a chegar a altura de tomar decisões duras, difíceis, mas necessárias, decisões estranhas, mas que nos valorizam!
Está na hora de mudar tudo. Depoiis de 15 horas enfiado na cama a ressacar de uma conversa dura, acredito que não se pode continuar na mesma!
é necessário incutir um novo ritmo, uma nova forma de estar, implementar novos objectivos. É a hora certa! Ainda é possível chegar às estrelas, ou pelo menos às nuvens, é preciso é sonhar!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O fim...

Gosto de cemitérios. De ir a cemitérios. De estar sozinho num cemitério. Faço-o frequentemente. Hoje foi um desses dias. Tive que ir fazer um trabalho ao cemitério, numa pausa de descanso, sentei-me numa campa e pensei o quão efémera é a vida. Sim, todos pensamos nisso e todos temos consciência disso, mas porra depois morre-nos alguém querido, alguém que não precisa de ser da nossa família, do nosso grupo de amigos, basta ser alguém de quem nós gostemos, com quem temos prazer em conversar e ainda por cima morre alguém de quem não nos despedimos decentemente! Hoje levei com a morte! "E bateu-me mal, assim de uma forma estranha – não foi dor, como acontece quando me morrem pessoas próximas; não foi sensação de vazio, nada semelhante. Foi uma espécie de empurrão ao mesmo tempo pelas costas e pela frente. Dado à velocidade da luz - que nem saí do mesmo sítio. Tipo acorda pá, qualquer dia és tu".
E quando for eu. será que falta muito? o que me falta fazer? o que ainda conseguirei fazer? Não sei. vou aproveitando, vivendo, tornar-me melhor pessoa, até que ela me venha bater à porta. E sabem, vivo bem com isso.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Um pouco de ti..

Durante algum tempo, dedicava um pouco da minha disponibilidade, cerca de uma hora diária, para ir ao centro de dia da minha terra, para estar com os idosos. Fazia-o, perdia esse tempo, mas tinha a minha vida normal, fazia tudo na mesma. Depois de uma ausência na minha terra por motivos profissionais, deixei de ir lá, desabituei-me, mas ponho-me a pensar e tipo, tanto tempo que gasto na Internet, tanto tempo a dormir, tanto tempo em cafés em conversas desnecessárias e porra, tão ali aquelas pessoas só à espera de um beijo e de um carinho. A mim não me custa nada e certamente que me voltarei a sentir uma pessoa útil.
Todos nós precisamos dos outros, mas há também tanta gente à tua espera para serem mais felizes.

sábado, 5 de junho de 2010

Políticos a sério!

É assim que se vê quem são os grandes políticos. Aqueles que colocam os interesses dos outros à frente dos seus. Rui Tavares demonstra-o, como se pode ver aqui.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A dificuldade de lidar com o cancro!

Já várias vezes pensei escrever sobre este tema, mas provavelmente eu também não estarei preparado para lidar e falar sobre o cancro. É bem mais fácil escrever do que dizer a palavra Cancro. Não gosto de dizer que o meu irmão tem cancro. É uma palavra muito pesada, carregada de dor, de sofrimento, de morte. Mas não arranjo forma de a contornar, posso dizer que tem um tumor, um nódulo cancerígeno, whatever, a dor, o sofrimento continuam lá.
Escrevo este texto, porque ontem estavam a falar sobre o cancro num qualquer telejornal e os números, que apesar de serem bastante mais animadores do que há cinco ou 10 anos, continuam a preocupar e o meu pai, talvez acompanhado do álcool revoltou-se com aquela notícia, uma vez que, quando temos alguém com esta doença, custa pensar que ainda há gente que morre de cancro. Custa, mas temos de enfrentá-lo. E se o queremos enfrentar, temos que tratar os bois pelos nomes. Uma forma de ajudar a vencer o adversário é conhece-lo bem. E não podemos continuar a pensar que o cancro não existe, que é algo dos outros. Não é assim, e a Comunicação Social começa a dar os primeiros passos nesse sentido e deixa de dizer que X ou Y morreram devido a doença prolongada. a realidade é dura e pesada, mas não a podemos esconder.
Peço desculpa a quem este texto possa magoar!

Alegremente votarei Nobre!

Como era esperado, embora não fosse desejado, o PS decidiu apoiar a candidatura presidencial de Manuel Alegre.
O candidato poeta que há cinco anos decidiu "afrontar" a candidatura socislista encabeçada pelo seu "amigo" Soares, que durante a anterior legislatura votou várias vezes contra a posição do partido pelo qual foi eleito e que ameaçou fundar um partido para fazer frente ao Partido de que agora se orgulha de ter fundado, conseguiu que sócrates lhe declarasse o seu apoio.
Sócrates seguiu o caminho mais fácil, não quis enfrentar a ala mais à Esquerda do PS e não se preocupou em analisar se eventualmente não haveria melhor opções dentro do seu partido. Lembro-me de repente de FErro Rodrigues e de Maria de Belém, que seriam certamente uns excelentes candidatos. Alegre vai enfrentar Cavaco e Fernando Nobre e acredito que isto levará a uma segunda volta, até porque Cavaco já não tem a popularidade de que dispunha há cinco anos. Casos como o das escutas e até a promulgação do casamento homossexual, levaram-no a perder popularidade nas suas hostes, mas Cavaco voltará a ser eleito, por falta de alternativas e alegre perceberá finalmente que não merecia aquele lugar, não fez nada para o perceber. Daqui a cinco anos voltaremos a ter eleições e aí, espero não estar enganado, a Esquerda só pode apresentar uma pessoa, António Guterres, e aí não me restam dúvidas em relação ao vencedor, venha quem vier.