terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dúvidas!

ainda que mal pergunte, como é que é possível que estando o Mundo numa das maiores crises mundiais, o Governo tenha anunciado medidas de austerida fortíssimas, haja o desgaste de 5 anos de Governação, o PS e o PSD estarem empatados nas sondagens?

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Até Já!

Já várias pessoas me tinham aconselhado a acabar com o meu waiting ring, uma vez que, parecia mal um "Presidente" dar aquilo a quem lhe ligasse, porque o meu waiting ring diz "Meo Comandante, agora não posso atender...", qualquer coisa do género. Ouvia o conselho com muita atenção, como o faço com todos os que me dão, mas sinceramente não ligava muito e isto ia passando. Como eu não ligo para mim próprio não estou habituado a ouvi-lo. Mas hoje decidi acabar com o meu.. e não foi fácil. Fui ao mytmn, recuperei a minha password e andei por lá a deambular, até que cheguei aos waiting rings e percebi que ali não poderia fazer nada. Decidi ligar para um operador da TMN, onde lhe fiz o pedido, ele disse que ia tratar do assunto. Enquanto foi resolver o assunto meteu-me a ouvir opções de waiting rings e as suas vantagens, durante uns 10 minutos. Tanto tempo e só tinha que me dizer que tenho que enviar uma sms para o número 12700 com a palavra "DESACTIVAR". Era simples o que o senhor tinha para me dizer, mas para chegar a essa informação demorou este tempo todo.
Mas não foi assim tão fáci. Enviei a sms, mas tive que responder a outras duas, para confirmar.
Neste momento ainda aguardo a sms de confirmação da parte deles..
isto tudo para vos dizer como é bastante agressivo o Marketing destas grandes empresas e a desvinculação a elas não é fácil.
Eu já consegui. Felizmente!
Agora aos waiting rings da TMN eu digo "Até Já".

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Gente da Minha Terra!

já há muito tempo que não coloco, no meu humilde blog, um post denominado "Gente da Minha Terra". vai ser hoje. nem sempre é fácil escolher alguém que nos marque realmente e falar sobre ela. hoje lembrei-me de uma pessoa e irei escrever por ela.
isto é um texto complicado por várias razões, mas sobretudo por uma, divergências entre pessoas da minha família e essa mesma pessoa.
falo da evangelina, penso ser assim que se chama. tenho dúvidas, uma vez que, todo o mundo a trata por lita, assim como eu, que a conheço desde pequeno.
há momentos na nossa vida em que somos mal agradecidos, eu próprio já o fui várias vezes, e já me penitenciei pessoalmente e publicamente, num post deste género, mas com esta pessoa tenho uma grande dívida de gratidão por tudo aquilo que ela fez pela minha família numa altura bastante complicada da nossa vida. sei que estarão a perguntar, a razão pela qual então há divergências, nem eu sei bem, nem quero entrar por aí.
quero falar da lita, pessoa, cuja casa frequentei muitas vezes, também devido à amizade com o seu filho. quero falar da lita, a quem já preguei um dos maiores sustos da sua vida, quando ela e a minha mãe foram um pouco a um baile à tarde, e me deixaram em casa dela a dormir, quando regressaram eu não tava na cama, era muito pequeno, penso que bebé, devo ter caído para o chão e fui para baixo da cama. fartaram-se de me procurar sem me encontrar, levando-as às lágrimas, mas eu não fugi, estava ali. quero falar da lita que me levava de manhã quando ia ao pão para o jardim de infância, quero falar daquela pessoa a quem adoro dar beijos e abraços e de lhe chamar "puta", como termo carinhoso.
há coisas que nos deixam tristes, ainda mais, porque não podemos fazer nada e parecem irreversíveis, mas apesar de todo o contexto que nos envolve sei que saberei sempre distinguir as coisas e tê-la como amiga.. separam-nos 30 anos, sensivelmente, mas terei sempre um grande carinho por esta pessoa.. e há mais pessoas como eu.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Já fez um ano!

Um ano. Sim, já passou um ano. Neste momento em que escrevo (20h45) estou a recordar-me como foi há um ano, a esta mesma hora. Era a agitação total, as sms a circularem´, os nervos,começava a perceber que o nosso "monte" dos votos era bem maior, a perceber que ia haver mudança. Sim, isto tudo já lá vai há um ano. Poucos esperavam, poucos acreditavam, até eu, confesso, que quando parti para isto não tinha grandes expectativas. Mas foi o que sucedeu. Foi uma noite bonita. Muitas chamadas, mensagens, abraços, beijos. Uma grande surpresa.
No dia seguinte às eleições, quando acordei não conseguem imaginar o aperto no coração. A angústia. O peso da responsabilidade. O medo de falhar. O medo de desapontar quem confiou em mim. o medo do desconhecido. Tive cerca de 20 dias para digerir tudo isto, até ao dia em que tomei posse.
Ser presidente não é um cargo de luxo, nem sequer honorífico, é sim uma necessidade da sociedade. Quem cá está tem que estar como voluntário de uma causa, apenas. Nada paga as chatices, os nervos, as noites mal dormidas.
Sim, também tenho muitas alegrias, o facto de poder tornar a vida de uma pessoa melhor, é uma alegria incomparável.
Foi um ano difícil, a vários níveis. Foi um início bastante complicado, uma vez que, era completamente inexperiente nestas lides, foi uma aprendizagem constante, que ainda hoje se mantém.
Acho, sinceramente, que o próximo ano irá correr bem melhor, acho que resolvi problemas importantes para que agora as coisas corram de feição. Que assim seja, por uma única razão, o melhor para a minha Freguesia!

Quero deixar uma palavra a todos os que entraram neste desafio comigo e a todos os que estiveram a meu lado a apoiar-me, dando a cara ou não. Foram todos muito importantes.

domingo, 10 de outubro de 2010

A importância das vias de comunicação para a diminuição das assimetrias regionais em Portugal

Tenho colaborado pontualmente no blog "Nódoa Offline", do Pedro Pereira, um jovem de 17 anos com uma cultura e inteligência acima da média. Desta vez, é ele que vai deixar o seu marco no "Esquerdismos", com um texto que foi publicado no jornal regional mais lido no Distrito da Guarda, o "Nova Guarda".

Os recentes investimentos rodoviários devem encher o Interior de regozijo.
A partir de 2001, durante o governo de António Guterres, deu-se início à transformação de alguns IP’s em Auto-Estradas, como é o caso da transformação do IP5 na A25.
As obras do IP2, por sua vez, evoluem a um ritmo muito acelerado. Em dias de crise, numa conjuntura económica bastante desfavorável, deve-se ter consciência de que, se não se desistiu da aposta na nossa região, é porque, de facto, ela é tratada como uma prioridade, o que é de aplaudir.

A sinistralidade rodoviária foi, sem dúvida, o principal motivo que levou ao investimento público na transformação dos IP’s. Estas eram estradas com alternância entre 1 e 2 faixas, com curvas atribuladas, enorme tráfego e todas as condições propícias a desastres. Dados oficiais comprovam que, desde a inauguração da A25, o número de acidentes de viação com feridos graves e mortos diminuiu drasticamente.

No entanto, a sinistralidade rodoviária não foi a única questão tida em conta.
A aposta nas auto-estradas do Interior visa combater as distâncias. Embora a distância absoluta se mantenha, a distância-tempo (percursos de igual distância completos num menor período de tempo), a distância-custo (aumenta o rendimento dos automóveis, e consequentemente, diminui as despesas em combustível) e até a distância-psicológica (evitam-se longas filas de trânsito, stress e desconforto) diminuem, o que traz enormes vantagens, que vou de seguida referir.
É dado, assim, um importante passo na aproximação entre um Interior com necessidade de se revitalizar e as cidades mais importantes do país.

Estas novas estruturas permitem que as empresas do sector industrial se possam fixar nesta região, pois dispõem, agora, de melhores acessibilidades, imprescindíveis para escoar a sua produção e, com uma mão-de-obra mais barata do que noutras zonas do país, há mais perspectivas de sucesso. No Interior, existem ainda benefícios fiscais para as empresas, o que torna mais aliciante a sua fixação, dada a confiança numa maior competitividade e redução de custos. A vinda/criação de empresas dinamiza e estimula, com toda a certeza, todo o tecido económico desta região.
Por outro lado, a mais forte acessibilidade permite que haja mais mobilidade populacional e que muitas pessoas possam trabalhar em maiores cidades do centro do país sem terem que alterar o seu local de habitação, concretizando, desta forma, o seu desejo de sucesso profissional e, ao mesmo tempo, não abandonar as cidade, vilas, aldeias que as viram nascer.
Permite também que os recursos naturais preservados e que constituem verdadeiros ex-líbris tenham uma maior projecção: serão aproveitados pela população que vive em áreas fortemente urbanizadas, que terão a oportunidade de desfrutar da nossa região em fins-de-semana, por exemplo, sem que, para isso, tenham que fazer uma longa e cansativa viagem.
A utilidade dos “corredores”, designação para as auto-estradas do Interior, não gera, contudo, consenso. Algumas pessoas defendem que “as auto-estradas do Interior tanto facilitam a chegada de pessoas, como a fuga do Interior para as outras cidades de maiores dimensões e mais desenvolvidas (tanto em Portugal como na vizinha Espanha), o que é um problema muito grave e promove o êxodo rural”.
Não concordo com estas opiniões. Acima de tudo, tem que haver facilidade de mobilidade e redução de distâncias. As auto-estradas, por si só, não resolvem o problema da Interioridade, é preciso que as cidades mais pequenas encontrem outros vectores de fixação. Se o combate ao isolamento não se consegue apenas com auto-estradas, a verdade é que estas dão um preciosíssimo contributo.

O facto de as pessoas do Interior se conseguirem deslocar mais facilmente para cidades de maiores dimensões é extremamente benéfico, pois não só captam novas ideias de modernização como vêem satisfeitas as suas necessidades através da oferta de grande variedade de serviços e comércio e, não menos importante, enriquecem os seus níveis culturais através da convivência com outras realidades, podendo, por conseguinte, aplicar mais e melhores conhecimentos no seu contributo pessoal para o desafio do desenvolvimento do seu local de habitação.

A situação geográfica do distrito da Guarda e as dificuldades que se atravessam, mais do que nunca, não devem servir para desistir daquilo que é nosso, mas sim para aproveitar e reunir energias e ideias novas para inverter a actual tendência e alcançar um melhor bem-estar, tanto nosso, como daqueles que nos rodeiam.

Apesar de o texto estar encadeado, O que se segue não foi publicado no "Nova Guarda"

A questão do fim das SCUTS é tão controversa quanto complexa, pelo que devemos ter muito cuidado ao formar, sobre ela, opinião.
Se, por um lado, é bem verdade que no que às contas públicas diz respeito, as portagens na A25 e na A23 trarão receitas importantes, também deveremos reconhecer que o Interior do país merece ser discriminado positivamente em relação às outras zonas do país, dadas as suas fragilidades, provocadas pela situação geográfica.
Os juízos quanto às portagens devem ser feitos de forma consciente, e não numa perspectiva política, ao serem usados como arma de arremesso contra o Governo, de forma populista.

Aliás, é importante não esquecer os esforços e investimentos deste executivo para atenuar a situação débil desta região. Acrescento ainda que as responsabilidades não devem ser atribuídas exclusivamente ao poder central, mas sim, também, aos poderes locais. Existem casos de sucesso no distrito da Guarda e existem, por sua vez, casos de degradação social e económica. O distrito é avaliado no somatório de pequenos exemplos, e, se existem muitos autarcas muito impreparados e incapazes, também é justo atribuir mérito a todos os que proporcionam boas condições de vida às populações dos Municípios a que presidem, através da boa gestão de dinheiros públicos, da seriedade e da capacidade de mobilização e envolvimento comum (mérito não só de Presidentes de Câmara, mas também de pessoas com valor que empenham as suas qualidades num objectivo comunitário). É possível fazer muito com pouco, se e só se o “pouco” não se referir às mentalidades. A reivindicação é benéfica. O constante lamento como forma de “álibi” é dispensável.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Eu, republicano..

Hoje celebra-se os 100 anos da República portuguesa e eu não poderia passar este dia sem deixar aqui um post. E poderia fazer aqui uma dissertação sobre as vantagens de se ter uma República em vez de uma Monarquia, mas não o vou fazer, para isso deixo este brilhante texto do Domingos Farinha, do Jugular.
Para mim chega-me uma simples razão. A igualdade. Sim, o facto de à nascença todos sermos iguais em direitos e deveres, em não nascerem bebés com privilégios adquiridos. Sim, isto chega-me. Perdoem-me os monárquicos, mas gosto de viver num país em que, a maioria dos seus cidadãos, pode sonhar em chegar a chefe de Estado. Não quero um país que se divide em a Nobreza, cheia de regalias, de um lado e o povo de outro. Esta é a minha razão.
"Todos lado a lado na linha de partida". Chega-me!

sábado, 2 de outubro de 2010

Homem como nós, penso..



lembro-me de há uns anos, já muitos, aos domingos, à hora de jantar assistir aos debates entre sócrates e santana lopes, eles que curiosamente alguns anos mais tarde se tornariam primeiros ministros e até concorreriam um contra o outro para este mesmo cargo.
penso ter sido aí que tomei o primeiro contacto com sócrates, o homem que dava a cara pela coincineração.
sócrates tornou-se em 2005 chefe de um governo com maioria absoluta e acho que ninguém me pode criticar se eu disser que foi o primeiro ministro mais reformista desde o início dos anos 90. atacou na educação, com a avaliação dos professores, com o encerramento de escolas, com a introdução do inglês, do alargamento dos horários escolares para as crianças do primeiro ciclo, com a introdução das novas tecnologias.´sócrates reformou a saúde, nomeadamente com o encerramento de maternidades, de SAP's.´sócrates e o ministro vieira da silva reformaram de forma exemplar a segurança social, garantindo a sustentabilidade desta por mais de 30 anos. sócrates deixou grande marca nas energias renováveis, na valorização de conhecimentos, sócrates deu a cara pelo aborto, pelos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. sócrates lutou, meteu-se em guerra com juízes, desgastou-se. sócrates também é o do caso freeport, o da licenciatura, o dos projectos, o da face oculta. sócrates foi o político mais perseguido em portugal. sócrates continua, e em nome do interesse nacional tratou da sua certidão de óbito na passada quart-a feira quando anunciou as medidas de austeridade. não sei como sócrates ainda tem cara de gente, como é que ele aguenta tanto desgaste, tanto ódio, tanta peseguição. sócrates faz o seu caminho, faz aquilo que acha melhor para o país sem medo das consequências que pode ter para si! é vítima do sistema. das mouras guedes, dos saraivas, dos fernandes, dos monizes. não sei quanto tempo ele aguentará mais, mas sei a admiração que tenho por este senhor e pela sua coragem. nunca houve em portugal um primeiro ministro como ele. nunca. e não é crença, é razão. sócrates...