sábado, 2 de outubro de 2010

Homem como nós, penso..



lembro-me de há uns anos, já muitos, aos domingos, à hora de jantar assistir aos debates entre sócrates e santana lopes, eles que curiosamente alguns anos mais tarde se tornariam primeiros ministros e até concorreriam um contra o outro para este mesmo cargo.
penso ter sido aí que tomei o primeiro contacto com sócrates, o homem que dava a cara pela coincineração.
sócrates tornou-se em 2005 chefe de um governo com maioria absoluta e acho que ninguém me pode criticar se eu disser que foi o primeiro ministro mais reformista desde o início dos anos 90. atacou na educação, com a avaliação dos professores, com o encerramento de escolas, com a introdução do inglês, do alargamento dos horários escolares para as crianças do primeiro ciclo, com a introdução das novas tecnologias.´sócrates reformou a saúde, nomeadamente com o encerramento de maternidades, de SAP's.´sócrates e o ministro vieira da silva reformaram de forma exemplar a segurança social, garantindo a sustentabilidade desta por mais de 30 anos. sócrates deixou grande marca nas energias renováveis, na valorização de conhecimentos, sócrates deu a cara pelo aborto, pelos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. sócrates lutou, meteu-se em guerra com juízes, desgastou-se. sócrates também é o do caso freeport, o da licenciatura, o dos projectos, o da face oculta. sócrates foi o político mais perseguido em portugal. sócrates continua, e em nome do interesse nacional tratou da sua certidão de óbito na passada quart-a feira quando anunciou as medidas de austeridade. não sei como sócrates ainda tem cara de gente, como é que ele aguenta tanto desgaste, tanto ódio, tanta peseguição. sócrates faz o seu caminho, faz aquilo que acha melhor para o país sem medo das consequências que pode ter para si! é vítima do sistema. das mouras guedes, dos saraivas, dos fernandes, dos monizes. não sei quanto tempo ele aguentará mais, mas sei a admiração que tenho por este senhor e pela sua coragem. nunca houve em portugal um primeiro ministro como ele. nunca. e não é crença, é razão. sócrates...

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