terça-feira, 11 de janeiro de 2011

o mundo dos sonhos..

há coisas muito difíceis de entender. não consigo, por mais que tente, me esforce, por mais que leia. a morte de carlos castro é um desses casos. desconhecia a existência de um renato seabra, o suposto homicida, e a figura de carlos castro não me fascinava, não me merecia grande respeito. e não, não vou, agora que ele faleceu, mudar de opinião, tecer louvores ao senhor, ou considerá-lo um deus. algo muito típico nos portugueses, que mudam facilmente a opinião que têm sobre os outros, sobretudo quando estes morrem.
renato seabra foi vítima do seu sonho. apenas isto. o jovem encontrou em carlos castro o trampolim para o seu sucesso no mundo da moda, fazendo para isso o sacrifício de ser namorado do cronista social. não acredito em amor. desculpem-me, mas não acredito. renato teve direito a férias em londres, madrid e foi até passar o ano a nova iorque, imaginem. e era só isso, fingir amar carlos castro.
quando se lê ou ouvem testemunhos de amigos, familiares, conhecidos a dizer que o jovem seria incapaz de tal acto, eu juro-vos que acredito nessas pessoas. acho mesmo que alguém minimamente normal, seria incapaz daquele acto. mas aquele rapaz mudou, já não é o amigo do basquete, o menino da catequese, o estudante do secundário. o renato quis o mundo, a fama e não aguentou a pressão. uma sexualidade mal resolvida. um amor falso. um mundo que não era o seu. mérito não lhe devemos tirar, conseguiu o que queria. fama. até na capa de jornais norte-americanos.
devolvam-no a cantanhede e voltarão a ter o mesmo renato. acreditem.

3 comentários:

  1. a esta hora fez uma viagem sem regresso a Portugal. Ainda se tivesse cometido o crime cá, juro que ele se safava. Agora lá, já não volta. Foi uma viagem sem regresso ao mundo da moda.

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  2. Valter apesar de concordar contigo no que toca ao tipo de relação que partilhavam, discordo com o final do teu testemunho. O Renato é uma pessoa infeliz que tomou um caminho sem regresso. Nunca mais será o mesmo, até porque ele não era a pessoa tão honesta que todos julgavam. Ele mentiu á familia, aos amigos, ao "namorado" mas mais grave mentiu a ele próprio e foi isso que o levou a cometer tamanha atrocidade, provavelmente fora de si, por motivos que desconhecemos mas nada justifica o tirar a vida a um ser humano da maneira como ele o fez.
    Não sou do tipo de pessoa que juro que nunca mataria ninguém, matava, mas matar por acidente ou defesa (Crime de igual modo) não implica mutilar e ele mutilou, o que prova não ter sido apenas um impulso.
    Estragou a vida dele de uma forma sem retorno. O Renato nunca mais será o mesmo!

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