Em resposta ao deputado João Semedo (Bloco de Esquerda), o país ficou a saber que os homossexuais não podem ser dadores de sangue, uma vez que, constituem um "grupo de risco".
Esta coisa do grupo de risco é que ninguém consegue perceber muito bem o que é.
A questão é muito simples e resume-se a isto: O que há são comportamentos de risco e não grupos de risco. Certamente que haverá homossexuais que têm comportamentos de risco mas os heterossexuais também não os têm. Quantos heterossexuais também não trocam de parceiro regularmente, não se envolvem com estranhos e podem ser dadores.
É preciso perceber que esta é uma daquelas leis que não faz sentido algum, porque quem vai dar sangue está a praticar uma atitude nobre e não o faz de ânimo leve, está consciente que aquilo que faz é para ajudar alguém.
Mas qualquer homossexual pode mentir e afirmar que é heterossexual, algo que não se pode provar, logo isto é uma incoerência.
A questão que tem que ser feita não é se o dador é homossexual ou não, o que interessa saber é se o dador troca frequentemente de parceiro sexual e se usa ou não protecção, é simples.
E existem sempre as análises que podem comprovar ou não se o dador é portador de alguma doença, mas parece que isso não interessa e os interesses dos doentes que necessitam do sangue é que perdem com mais esta forma de discriminação.
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