domingo, 4 de abril de 2010

Ó Gente da Minha Terra (5)

Já há algum tempo que não coloco nenhum "Gente da minha Terra". Pensei em escrever quando entrei no comboio e liguei o PC. perguntei ao Igor sobre quem deveria escrever, ele disse que eu é que tinha que decidir, passado uns minutos ele adormeceu e agora escrevo este "Gente da minha Terra" para ele.
Fazemos mais uma viagem para mais uma luta. Tantas batalhas que ele já travou e não sabemos mas quantas ainda terá que travar. Sabemos apenas uma coisa, quem será o vencedor final.
quem me conhece sabe que não amadureço aquilo que vou escrever. Decido na hora. Este é mais um caso, mas neste caso é bem mais fácil, uma vez que, há tanta coisa para dizer.
Poderia começar pela nossa infância, os nossos sofrimentos, as nossas angústias, as nossas alegrias, as nossas lutas de wrestling em cima da cama ddos pais e os gritos da mãe a ralhar, as futeboladas na Fanca até de noite, as noites de Verão e as saídas às sextas feiras até à meia noite que nos faziam acreditar que já seríamos respeitados com apenas 10 anos.
podia falar de quando parti os matraquilhos da nossa infância porque ganhavas sempre, de quando te perdeste no estádio da Luz com apenas quatro anos ou dos olhares cúmplices acompanhados de silêncio que faziam o outro entender o que se devia ou não ocultar dos pais.
Podia falar da nossa juventude e da nossa maioridade, podia falar de quando te perguntei se me deveria ou não candidatar e que me respondeste que na minha posição não o fazia, mas que me irias apoiar qualquer que fosse a posição que eu tomasse, podia falar de quereres estar ali presente na secção de voto até saber os resultados eleitorais, quando toda a gente previa que a minha candidaturea fosse esmagada e vos pedi que ficassem em casa para não assistirem à minha humilhação pública no momento dos resultados. Tu não. Ficaste ali para o que desse e viesse. Estiveste sempre lá. podia falar de tanta e tanta coisa, mas não falo de nada. Sabes porquê? Porque não há palavras, frases, teextos que possam mostrar aquilo que vales. sofremos muito juntos, mas não queria outro irmão que não o Igor! continuas a dormir. Não te direi que escrevi isto, serás tu a descobrir, provavelmente quando já estiveres deitado numa cama de hospital a lutar. Sempre na luta!
Amo-te com todas as minhas forças!

6 comentários:

  1. Quando se chega ao fim deste texto já foram muitas as vezes que tivemos de parar para respirar fundo para não chorarmos. é magnífico e grandioso e valioso e exemplar e tudo mais esse amor de irmão que sentem um pelo outro. Continuem assim, como só vocês sabem ser e estar ;)

    Abraço para ambos
    André Lopes

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  2. Realmente já foi no outro dia na cama do hospital que li o teu post dedicado a mim. Sabes que podia dizer muita coisa, mas apenas te digo uma . . . AMO-TE!
    Mas tu já sabias disso.

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  3. Lindas as tuas palavras Valter, apesar de não falarmos muito, dou te os Parabéns, por seres irmão do Igor e por já teres ganho tanta coisa, inclusive o meu respeito por ti...

    Um grande abraço, e muita Força!

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  4. Sem palavras...vocês sabem o que penso :)

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  5. Palavras para quê... Adoro o amor que sentem um plo outro!
    E o nosso coração (de nós leitores) consegue sentir esse amor, acreditem!!! Eu falo por mim.... lágrimas nos olhos!!!
    Admiro-vos!
    Força!

    Mara Serra

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