sábado, 5 de março de 2011

carnaval

não tenho muitas memórias da minha infância. há quem diga que a nossa memória é selectiva, guardando apenas aquilo que nos marcou. então, poderei concluir que a minha infância me passou ao lado. esta conversa vem a propósito do carnaval e da ausência de memórias carnavalescas na minha infância. na minha memória não há fatos de pirata, nem de cowboy. não há memórias de desfiles, de máscaras, nem de balões de água. na minha memória dos carnavais passados há apenas o acordar cedo e ir ao jardim da aldeia ver o que os jovens levaram para lá, o que tinham conseguido roubar aos velhotes, as carroças, os vasos, os animais. algo muito peculiar, algo muito tradicional, algo muito nosso. apenas isto. talvez por isso não ligue ao carnaval e a disfarces. assim como não sinto necessidade de ir para a praia todos os verões, uma vez que, em criança só tive férias de praia um único verão.
para quem goste do carnaval, desejo-lhe bons disfarces, bons desfiles. eu irei procurar ir ao jardim da minha aldeia. chega-me.

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