quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Ó GENTE DA MINHA TERRA (3)

Na vida cruzamo-nos com muitas pessoas. Os amigos da infância, os amigos na escola, no trabalho, os amigos da noite. Alguns ficam, outros vão. Há também aqueles que por muito que se afastem permanecem sempre.
Hoje venho-vos falar de alguém que marcou indiscutivelmente a minha adolescência e o meu crescimento. Chama-se Ana Lameira e criei uma amizade com ela, que embora não tenha o fogo que tinha há alguns anos, posso dizer que foi com ela que tive a maior amizade de sempre. Numa altura da minha vida, em que trabalhava com os meus pais, ela era a irmã que nunca tive.
Praticamente tudo o que fazia dependia dela, os seus conselhos eram Sagrados.
Houve sem dúvida um momento que marcou o esmorecer desta amizade. O dia em que José Sócrates venceu as eleições legislativas com maioria absoluta em 2005. Por um erro qualquer, eu não pude votar, e por um erro ainda maior, criamos uma guerra infantil com o presidente da Junta da altura, que é o marido desta amiga. Desde aí tudo piorou, é verdade.
Mas óbvio que o carinho, a amizade e as recordações se mantêm e acredito que há sempre uma oportunidade de as coisas voltarem a acontecer.
É verdade que as coisas neste momento não são como eram antes, mas acredita Ana, nunca senti por ninguém uma amizade, como aquela que senti por ti naquela altura. Já lá vão uns anos. O carinho mantem-se e só te desejo a maior das felicidades e que um dia ainda iremos voltar ao que éramos. Acredito que pode ser possível.
Peço aqui publicamente desculpa por tudo e acredita que não escrevo isto por favor!

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